Inauguração da Clínica de Odontologia do Centro Universitário UniBRAS Montes Belos: um marco para a saúde bucal local

Inauguração da Clínica de Odontologia do Centro Universitário UniBRAS Montes Belos: um marco para a saúde bucal local

No último dia 26 de janeiro, o Centro Universitário UniBRAS Montes Belos celebrou um momento significativo para a instituição e a comunidade local: a inauguração da tão aguardada Clínica de Odontologia. O evento contou com a presença de autoridades acadêmicas, professores, alunos e membros da comunidade, marcando o início de uma nova era para a formação em odontologia na região.

A cerimônia de inauguração foi conduzida pelo Reitor da instituição, Antônio Florentino, que expressou sua satisfação em ver a concretização desse projeto. Ele destacou a importância da clínica não apenas como um espaço de aprendizado para os alunos do curso de Odontologia, mas também como um serviço valioso para a população local.

A Clínica de Odontologia UniBRAS Montes Belos é equipada com tecnologia de ponta e oferece uma ampla gama de serviços odontológicos, proporcionando aos estudantes a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula na prática clínica. Além disso, a comunidade terá acesso a atendimentos de qualidade, promovendo a saúde bucal na região.

Antônio Florentino ressaltou que a clínica é um reflexo do compromisso da instituição com a excelência acadêmica e o impacto positivo na sociedade. “Estamos investindo não apenas em infraestrutura, mas na formação de profissionais capacitados e conscientes de sua responsabilidade social”, afirmou o Reitor.

O Centro Universitário UniBRAS Montes Belos reafirma seu compromisso com o desenvolvimento educacional e comunitário, proporcionando oportunidades de aprendizado prático e contribuindo para o bem-estar da população local através da Clínica de Odontologia.

A nova clínica representa mais um passo na consolidação do UniBRAS Montes Belos como referência em educação e saúde na região. A instituição continua focada em oferecer uma formação de qualidade, aliando teoria e prática para preparar profissionais competentes e comprometidos com o serviço à sociedade.

UniBRAS Montes Belos promove o VII Encontro Integrado de Formação Docente: momento de integração e conhecimento docente

UniBRAS Montes Belos promove o VII Encontro Integrado de Formação Docente: momento de integração e conhecimento docente

Nesta última semana, o Centro Universitário UniBRAS Montes Belos foi palco do VII Encontro Integrado de Formação Docente, um evento marcante que reuniu todos os docentes da IES. Com um clima de interação, comunicação e busca por conhecimento, o encontro proporcionou um ambiente propício para a troca de experiências e o aprimoramento das práticas pedagógicas.

Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de participar de momentos inspiradores e discussões construtivas sobre as tendências e desafios atuais no campo da educação. O encontro não apenas fortaleceu os laços entre os profissionais de ensino, mas também estimulou a reflexão sobre novas abordagens e metodologias de ensino.

A UniBRAS, comprometida com a qualidade acadêmica e o desenvolvimento contínuo de seus docentes, reforça a importância desses encontros como um meio fundamental para aprimorar a prática educacional, alinhar estratégias pedagógicas e promover uma educação de excelência.

O VII Encontro Integrado de Formação Docente foi mais uma iniciativa que reforça o compromisso do Centro Universitário UniBRAS Montes Belos em proporcionar um ambiente de aprendizado significativo, contribuindo para a formação integral e o sucesso dos nossos alunos. Agradecemos a todos os participantes pelo engajamento e pela construção coletiva desse momento enriquecedor para a nossa comunidade acadêmica.

Educação em sustentabilidade: o que se leva para a sala de aula quando o assunto é meio ambiente?

Educação em sustentabilidade: o que se leva para a sala de aula quando o assunto é meio ambiente?

Se o planeta está em desequilíbrio e a educação é a resposta, educadores não podem mais ignorar a questão socioambiental

Parece utópico, quase impossível, insolucionável. Mas enquanto do ponto de vista político e social as mudanças climáticas ainda não são um consenso, do ponto de vista científico não há espaço para dúvidas. Se a sociedade ainda não está convencida, e menos ainda preparada para enfrentar o problema, as instituições de ensino têm um papel chave nessa dinâmica. É por isso que tem sido cada vez mais discutido os enlaces da educação em sustentabilidade. Para especialistas, a educação é imprescindível para reverter essa realidade.

Nos últimos anos, o clima tem demonstrado que há um desequilíbrio em processo. Ondas de calor ou frio em intensidades nunca vistas, secas e enchentes inéditas ou em locais inusitados, tempestades com frequência e força jamais registradas. Para os defensores de que a consciência ambiental é puro alarmismo há cada vez mais dificuldade em defender hipóteses apocalípticas. Para além da educação em sustentabilidade, o ser humano está enxergando na prática as consequências de seus hábitos, comportamentos e escolhas. 

Pouco antes de 2023 terminar, o Copernicus – Programa da União Europeia de Observação da Terra – já alertava que as médias registradas até então mostravam que o ano finalizaria como o mais quente da história, estando quase 1,5°C acima da média. Esses dados coincidem com as ondas de calor que assolaram o território brasileiro na primavera de 2023, trazendo recordes de temperatura em várias regiões do país. 

No entanto, segundo levantamento do grupo de monitoramento de notícias falsas sobre a mudança climática, o Stop Funding Heat, notícias negacionistas receberam entre 800 mil e 1,3 milhão de cliques diários no Facebook em 2021, sendo que a maioria esmagadora delas não foi checada pela rede social. No mundo inteiro, políticos dos mais variados espectros ideológicos seguem sendo negacionistas climáticos, utilizando argumentos falsos para acumular ganhos eleitoreiros – como o falso antagonismo entre medidas climáticas e o bom desempenho econômico –  e assim barrar iniciativas de sustentabilidade em seus governos. 

É nesse cenário de tantos paradoxos que os ativistas climáticos insistem fortemente na necessidade de educação em sustentabilidade. Essa tarefa de caminho tortuoso delegada às instituições de ensino e seus educadores deve ser, portanto, muito bem executada para que se tenha efetividade. Para entender melhor essas nuances, conversamos com dois especialistas da área, acompanhando como o assunto deve ser abordado, e assim reverter as mudanças climáticas e salvar a existência da vida humana e de outras espécies. 

A percepção dos educadores

Embora a educação em sustentabilidade esteja em alta como novos desafios das instituições de ensino, ela não é novidade. Prova disso é que o Ministério da Educação tem, desde 1999, suas diretrizes sobre a educação ambiental, a Lei 9.795. Ela estabelece as  principais temáticas e enfoques que os educadores devem ter ao trabalhar o assunto em  todos os níveis de ensino, desde os iniciais até o ensino superior. A legislação também indica a educação de forma não-formal, isto é, fora das instituições de ensino, por meio de campanhas educativas, entre elas o Junho Verde. 

A bióloga e docente do Centro Universitário UniBRAS Montes Belos, Lilian Regina, é enfática ao afirmar que o principal recurso para reverter a mudança climática é a educação. Ela argumenta que sem uma consciência sobre a dimensão do problema, daremos inúmeras voltas ao redor de discussões radicais que demonizam o desenvolvimento econômico em detrimento ao ambiental, como se eles fossem antagônicos, e que na realidade não são.

“Sem educação ambiental efetiva, em todo o seu contexto político, de cidadania e pertencimento, não avançaremos numa discussão que ultrapasse a utopia de países ricos negociarem créditos de carbono, enquanto países menos desenvolvidos economicamente esmagam seus valores sociais em detrimento da ‘preservação ambiental’”, provoca.

Para a docente, é preciso discutir educação ambiental em seu contexto político. Dessa forma, ela indica que aborda temas como consumo consciente, práticas sustentáveis de manejo e produção agropecuária, Agenda 21, entre outros. Segundo Lilian, seu objetivo é trazer à luz da discussão contextos sociais e políticos como agentes de transformação para a sustentabilidade em harmonia com o desenvolvimento econômico, relativizando os conflitos atuais entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Mas ela garante que, ainda assim, a tarefa não é fácil. 

“É difícil discutir assuntos dessa natureza, num mundo tão polarizado politicamente, onde todos os temas políticos não-partidários e não relacionados aos pleitos ou mandatos para o executivo ou legislativo são sempre compreendidos dentro desse contexto, e não como discussão cidadã e consciente sobre fatos que afetam a todos de igual forma”. 

A percepção de que a educação em sustentabilidade passa pelo espectro político também é compartilhada pelo pedagogo e docente da UniBRAS Digital, Rafael Moreira. Para ele, é preciso que o aluno entenda que a sustentabilidade também mexe com os aspectos sociais, como qualidade de vida e bem-estar, desenvolvimento social e econômico. O docente explica que a sustentabilidade vai além de preservar os recursos naturais.

“Eu digo que é uma questão muito mais que multidisciplinar, mas também interdisciplinar e transdisciplinar, porque a sustentabilidade engloba várias disciplinas, áreas do conhecimento, habilidades e competências”, explica o pedagogo.

A reação dos alunos

Para além da estranha dualidade entre o iminente colapso climático e o negacionismo como tendência política, os educadores têm em essa sala de aula os tradicionais desafios de educar para diferentes níveis de idade, ao mesmo tempo que lutam para inserir a educação  em sustentabilidade no cotidiano do aluno, já que se não houver essa proximidade, não há criação de consciência ambiental, muito menos o desenvolvimento de qualquer ação prática em resposta ao problema. 

Além disso, os educadores também estão na linha de frente desse processo civilizatório, e há muita vulnerabilidade nessa função. Nos últimos anos, muitos professores foram confrontados em sala por estudantes e pais ávidos por controle de pautas educacionais e acusações infundadas de doutrinação ideológica. Essas questões elevam ainda mais a responsabilidade educacional das instituições de ensino, que precisam conter em seus  planejamentos pedagógicos tanto ferramentas de contenção e proteção de seus educadores quanto dinâmicas educativas capazes de superar esses desafios. 

O professor Rafael Moreira explica que é fundamental que as instituições de ensino tenham foco em inserir a educação em sustentabilidade de uma maneira integrada às pautas em geral, e não somente em momentos e campanhas específicas. Na visão dele, isso desperta no aluno a ideia de que a questão ambiental é um tópico disperso de outros assuntos, quando na realidade ela deve estar inserida nos mais diversos nichos sociais.

“Eu penso que nós como educadores temos que deixar de abordar esse tema só como se fosse um projeto em específico. A sustentabilidade deve estar atrelada à educação de forma constante, não só como currículo base, mas também como atividades diversificadas como projetos de extensão, orientações em contextos de estágio e trabalho de conclusão de curso, por exemplo. O que percebo é que para além da emergência climática, há hoje práticas isoladas, somente quando há provocativas, e precisamos evoluir com relação a isso”, aponta. 

Para ele, essa visão isolada de sustentabilidade como projeto faz com que a escola não aborde a questão ambiental de forma contínua e suficiente para mudar a realidade da maneira como necessitamos. Ao contrário: ela acaba confinada a exercícios e campanhas específicas. Assim, é necessário fazer com que a educação em sustentabilidade seja mais visível, para que os alunos entendam de uma vez por todas que a consciência ambiental precisa estar presente de forma generalizada nas ações e planejamentos cotidianos.

Esse pensamento do docente está bastante atrelado à base teórica dos pilares da sustentabilidade. Criada em 1994 pelo sociólogo e consultor John Elkington, essa visão argumenta que, para que seja alcançada a sustentabilidade, é preciso olhar, para além da questão ambiental, também os pilares sociais e econômicos. Em outras palavras, a sustentabilidade não pode ser alcançada sem que haja igualdade de recursos, bem-estar social, educação de qualidade para todos, e também o correto cuidado com a economia. 

John Elkington também explica, por meio de várias obras lançadas na década de 90, que não há antagonismo entre sustentabilidade e economia, ou seja, não é preciso abrir mão dos recursos financeiros para que se cuide dos recursos naturais. Pelo contrário: elas podem e devem andar juntas. Isso porque sem o devido cuidado com a economia, não há  a justiça social necessária para que se crie um ambiente estável para as práticas sustentáveis. Ao mesmo tempo, sem o devido cuidado com a natureza, os prejuízos financeiros são inevitáveis, mais cedo ou mais tarde. 

Essa visão colabora fortemente com a discussão de preservação da floresta amazônica, por exemplo, já que grande parte dos agentes do desmatamento são grileiros que se aproveitam da vulnerabilidade social dos habitantes da região para colocar a floresta abaixo. Por outro lado, o uso ostensivo das regiões desmatadas para a agricultura também não traz avanços econômicos duradouros e significativos, já que as terras não são apropriadas para o plantio, e acabam inutilizadas em pouco tempo. 

Mas se a floresta estiver de pé, há condições suficientes para que sejam colocadas em prática atividades econômicas que tragam prosperidade aos moradores, sem que seja necessário destruir o bioma. No caso da região amazônica, a produção ecológica de açaí, cacau e o extrativismo da castanha do Pará são exemplos de como se pode movimentar milhões e trazer estabilidade financeira a muitas famílias da região sem qualquer prejuízo ambiental.

Para a professora Lilian Regina, trazer essa consciência aos alunos é um dos maiores desafios da sua docência, já que na região onde atua o agro é muito forte. Ela explica que toda conversa sobre sustentabilidade acaba encontrando resistência da base do agronegócio em função da ignorância de líderes da área sobre o tema. Por isso, aponta que a educação em sustentabilidade passa inevitavelmente pela economia, sociedade e ambiente, e não somente pela questão ambiental divorciada de todos os fatores que a constroem. 

A docente ainda destaca que não é possível se distanciar das discussões políticas e sociais para discutir o tema. “Esse é o ponto mais delicado. Por isso, trabalho esse conteúdo com amparo legal e suas aplicações. Há reflexões sobre ética ambiental, consumo desenfreado, o conceito de sustentabilidade, crise ambiental, como também políticas ambientais, com foco nas ações do estado e na participação da sociedade comum”. 

Lilian explica que há, inicialmente, um estranhamento por parte dos alunos quando se aborda a proximidade da educação em sustentabilidade com política e sociedade, já que na visão inicial deles, o tema deveria ser tratado somente com ideias e projetos pontuais. Mas conforme o diálogo vai caminhando, surge a percepção de que essas ações apenas protelam discussões mais amplas.

“Os alunos não costumam reagir bem se não começarmos pisando em ovos e com toda a narrativa pronta para direcioná-los a reflexão sobre os fatos. Creio que este trabalho necessite de ações contínuas desde a base até o ensino superior. Só assim a educação em sustentabilidade será efetiva”. 

(Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema BRAS Educacional)

Convenção TransformAÇÃO 2024 – BRAS Educacional transforma ideias em ação

Convenção TransformAÇÃO 2024 – BRAS Educacional transforma ideias em ação

Nos dias 25 e 26 de janeiro, o Centro Universitário UniBRAS Montes Belos foi o epicentro de um evento que marcou um novo capítulo na jornada educacional do Ecossistema BRAS. A Convenção TransformAÇÃO 2024 reuniu o time acadêmico e comercial em dois dias de imersão, aprendizado e planejamento estratégico, consolidando o compromisso contínuo com uma educação transformadora.

A atmosfera da Convenção TransformAÇÃO 2024 foi marcada por um clima de confraternização e união. Diretores, coordenadores, professores, colaboradores e demais membros do Ecossistema BRAS Educacional se reuniram para compartilhar experiências, ideias e expectativas para o ano que se inicia. A integração entre as equipes foi evidente, fortalecendo os laços que impulsionam o sucesso do grupo.

Além dos momentos de descontração, a Convenção também foi um espaço para reflexão e planejamento estratégico. Os participantes puderam discutir sobre os desafios e oportunidades que se apresentam na educação atual, buscando soluções inovadoras e alinhadas com os valores do Ecossistema BRAS Educacional. A troca de ideias e insights contribuiu para a construção de uma visão coletiva para o futuro.

Inovação educacional em foco

A Convenção também foi o momento ideal para o planejamento de atividades e projetos que serão desenvolvidos ao longo do ano de 2024. Com base nos princípios e valores que norteiam o Ecossistema BRAS Educacional, foram discutidas estratégias para inovação na oferta educacional, melhorias nos processos internos e ações que promovam a excelência acadêmica através de palestras com o time BRAS Educacional e Hoper Consultoria.

O CEO, Profº Manoel Mendes, trouxe insights valiosos sobre metas e premiações, motivando o time a alcançar resultados extraordinários em 2024. A Diretora Acadêmica BRAS Educacional, Profª Sanmia Shunn, trouxe ao evento a importância da educação como instrumento de transformação social, alinhando a missão do BRAS Educacional com o propósito de ir além do ensino, buscando impactar positivamente a sociedade. A Coordenadora da UCBRAS, Profª Mychelle Borges, liderou uma palestra envolvente sobre as competências essenciais para a equipe comercial, ressaltando a importância da sinergia e do aprimoramento constante para alcançar os objetivos propostos.

A Convenção contou também com a presença do time da Hoper Consultoria, agregando conhecimento e expertise em diversas áreas. Wildenilson Sinhorini discutiu melhorias acadêmicas para o ano vigente, proporcionando um panorama claro das oportunidades de crescimento. Daniele Piazzi e Thalyta Persson conduziram uma palestra sobre o sucesso do estudante, explorando estratégias para proporcionar experiências educacionais mais significativas e impactantes. Jeferson Pandolfo trouxe inovações tecnológicas na área educacional, destacando como as novas ferramentas podem aprimorar o processo de aprendizado.

Encerrando a série de palestras, Cibele Schuelter desvendou o poder da venda na educação, compartilhando estratégias para conectar, converter e encantar, enfatizando a importância de uma abordagem humanizada na jornada do estudante.

A “Convenção TransformAÇÃO 2024” reforça o compromisso do Ecossistema BRAS Educacional em promover uma educação transformadora, alinhada com as demandas contemporâneas e preparada para os desafios do futuro. O evento encerrou com a certeza de que o time BRAS, agora munido com novos conhecimentos e estratégias, seguirá impactando vidas e construindo um futuro educacional cada vez mais promissor.

Mais que educação, transformação social!

Janeiro Seco: e se você parasse de consumir álcool por um mês?

Janeiro Seco: e se você parasse de consumir álcool por um mês?

Quem aceita o desafio garante que os benefícios da abstenção no consumo de álcool valem a pena

Parece inimaginável para alguns. Para quem experimentou, no entanto, os benefícios são diversos. Aproveitar o período de festança pós-Natal e Ano Novo para se abster em consumir álcool por todo o mês é o desafio do Janeiro Branco – Dry January em inglês,   iniciativa proposta pela organização britânica Alcohol Change UK. O objetivo é despertar nas pessoas as vantagens em levar uma vida sem o consumo de bebidas alcoólicas. 

Iniciada em 2013, a campanha hoje tem adeptos em todo o mundo, todos interessados em observar os mais variados benefícios em abster-se de bebidas alcoólicas durante esse período. Para os adeptos do Janeiro Seco, suas vantagens são inegáveis, como humor mais calmo e com menos agitação, noites de sono bem aproveitadas e até benefícios estéticos, como uma pele melhor. É importante lembrar que, com as funções cognitivas melhores, o rendimento no trabalho e nos estudos também podem ser beneficiados.

A campanha também já foi observada de forma mais próxima por vários estudos, que são unânimes em detalhar que o hábito de se abster de álcool por um período pequeno traz benefícios para além dos 31 dias.  Em 2016, um estudo coordenado pela Associação Americana de Psicologia demonstrou que os participantes do Janeiro Seco tendem a diminuir o consumo de álcool para além do período proposto, consumindo menos da substância semanalmente por até 6 meses depois. 

Consumo excessivo e alcoolismo

É comum que quando se fale sobre a diminuição consciente no consumo da substância se ouça piadas e outros recursos de bom humor. No entanto, seu consumo excessivo é um assunto de saúde pública, e tem chamado a atenção de especialistas brasileiros. Dados do Covitel – estudo realizado a partir da pandemia para monitorar por telefone a ocorrência de doenças crônicas – em parceria com um teste da Organização Mundial da Saúde, mostram que, em 2023, 6 milhões de brasileiros (4%) consumiam álcool de maneira excessiva. 

Para definir consumo excessivo, utilizou-se o cálculo proposto pela OMS de sete doses semanais para mulheres e 14 doses semanais para homens, sendo 1 dose igual à 14 g de álcool. Para atingir esse nível, é preciso consumir, em média, 150 ml de vinho, 350 ml de cerveja ou 45 ml de destilado. A proposta do Janeiro Seco é levar esse consumo à zero. 

Para o docente e coordenador do curso de Enfermagem da Faculdade UniBRAS Gama, Célio Pereira, são várias as alterações fisiológicas causadas pela absorção do álcool pelo corpo. “Entre as principais alterações estão a desidratação, a redução da glicose no sangue e alterações no relógio biológico e no sistema imunológico”, explica. Mas o professor adianta que essas alterações não se resumem somente aos sintomas físicos, mas também emocionais. 

“No cérebro, a substância age como depressor do sistema nervoso central, fazendo com que a atividade cerebral diminua, mudando também a ação dos neurotransmissores. Com uma ingestão baixa, a tendência é que a pessoa fique mais desinibida, relaxada ou até mesmo levemente eufórica. Com o aumento da ingestão, outras reações vão surgindo, como lerdeza nos reflexos, desatenção contínua, perda de memória, capacidade de raciocínio alterada e falta de equilíbrio”. 

O também docente e coordenador do curso de Psicologia da UniBRAS Gama, Robson Luís de Araújo, alerta que o álcool, assim como outras substâncias, é usado frequentemente como válvula de escape, inclusive para promover a socialização. “Isso é muito prejudicial, porque o indivíduo não percebe que está doente, já que a substância age no sistema nervoso central e alivia angústias, dores, e outros sintomas relativos ao adoecimento mental”, alerta. 

Robson destaca que, obviamente, não é só consumir álcool que funciona como escape, mas também as drogas e os fármacos – quando utilizados de forma inadequada e sem acompanhamento profissional. Porém, no caso específico do álcool, isso acaba sendo mais banalizado, já que a substância é legal e muito bem aceita socialmente. 

“Há diferenças entre o consumo excessivo e o alcoolismo. No alcoolismo, é quando se tem uma dependência desse consumo, em que o indivíduo não consegue mais superar as situações estressoras do dia a dia sem consumir álcool. Ele já não consegue mais descansar, socializar ou se desligar sem a bebida alcoólica. É ainda mais grave quando o consumo é feito durante todo o dia, principalmente em momentos de decisão”, explica. 

O especialista enfatiza que quanto mais banal for a decisão a ser tomada que dependa desse consumo, mais grave é o quadro. Nesse sentido, esses processos de decisão acabam gerando alterações neuroquímicas que só são aliviadas com o álcool. 

O diagnóstico é confirmado quando essa pessoa já não consegue mais ficar sem consumir álcool de maneira alguma.

 “Se é proposto a esse indivíduo uma abstenção do uso, e ele então começa a sofrer com sintomas como insônia, sudorese, nervosismo, entre outros, isso já se caracteriza como adicção. A partir daí, para tratar esse distúrbio, será necessário acompanhamento de especialistas, passando por medicação, psicoterapia, acompanhamento nutricional, exercícios físicos, além de terapêuticas, que são atividades que aliviam o sofrimento”. 

O professor descarta a possibilidade de internação compulsória nesses casos, já que ela vem se mostrando bastante ineficiente. Mas é enfático sobre a necessidade de autoconsciência, quando o indivíduo entende que está passando por um problema, e também do apoio familiar, que diz ser indispensável. 

Por último, Robson explica que o alcoolismo nunca se instala sozinho, mas sempre como um processo patológico secundário, ou seja, um adoecimento mental prévio, que tem o consumo de álcool como resposta. 

E se Janeiro já estiver passado?

Imagine que você se pegue nesse dilema: aceitar o desafio do Janeiro Seco, mas o mês já passou. Não se preocupe! A Alcohol Change UK, que propõe a campanha, garante que é perfeitamente possível fazer o desafio em qualquer época do ano, já que Janeiro é só um mês simbólico. Por isso, você pode começar observando os dias necessários para cumprir o desafio, e existe até um aplicativo para ajudar a monitorar esse desafio. 

Mas atenção: o desafio não é indicado para pessoas que de fato têm dependência em consumir álcool. Nesse caso, o indicado é que essa pessoa busque ajuda profissional, já que se abster da substância de forma abrupta pode trazer sérios prejuízos à saúde. 

E, por último, é claro, se você iniciar o desafio e tiver muita dificuldade, aproveite a oportunidade para visitar um profissional de saúde mental. O cuidado é essencial para se ter uma vida mais feliz e saudável. 

(Texto: Bruno Correa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema BRAS Educacional)

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