3ª Edição da Insurgência Acadêmica: ANACRIM ACADÊMICA e UniBRASÍLIA unem forças para debater a luta da mulher advogada

3ª Edição da Insurgência Acadêmica: ANACRIM ACADÊMICA e UniBRASÍLIA unem forças para debater a luta da mulher advogada

No último dia 23, São Luís de Montes Belos foi palco da terceira edição da INSURGÊNCIA ACADÊMICA, um evento marcante que marcou o retorno das atividades da ANACRIM ACADÊMICA. Realizado em parceria com o Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás, o evento reuniu estudantes, advogados e entusiastas do direito em torno do tema central: “Dê Esperança Garcia à Maria da Penha: a luta da mulher advogada pela efetivação”.

A INSURGÊNCIA ACADÊMICA é uma iniciativa que visa promover discussões enriquecedoras e relevantes para a advocacia criminal e acadêmica. Com o apoio do UniBRASÍLIA, essa terceira edição ganhou ainda mais força ao trazer à luz questões cruciais relacionadas à luta das mulheres na advocacia, especialmente no contexto da efetivação dos direitos das mulheres.

Duas renomadas advogadas, Priscila Rezende e Edna Ramos, brilharam como palestrantes, trazendo suas experiências e perspectivas sobre a temática abordada. Com destreza e profundidade, elas abordaram os desafios enfrentados pelas mulheres no mundo jurídico, traçando paralelos entre figuras históricas como Esperança Garcia e a atual luta pela efetivação dos direitos das mulheres, simbolizada pela Lei Maria da Penha.

A plateia foi envolvida por discussões apaixonadas e reflexões profundas, enquanto as palestrantes compartilhavam suas histórias inspiradoras e analisavam os avanços e as lacunas na advocacia feminina. A presença do público composto por estudantes de direito, advogados e membros da comunidade jurídica contribuiu para uma troca de ideias rica e enriquecedora.

O sucesso da 3ª Edição da INSURGÊNCIA ACADÊMICA não teria sido possível sem a dedicação e a colaboração dos organizadores, palestrantes e participantes. O evento reforçou a importância de dar voz às questões de gênero no campo jurídico e inspirou os presentes a continuarem a luta por um sistema de justiça mais igualitário e inclusivo.

A ANACRIM ACADÊMICA e o UniBRASÍLIA continuam a ser agentes de mudança na promoção de debates relevantes para a advocacia, evidenciando o poder da educação e do diálogo na busca por um sistema legal mais justo e igualitário!

Mais que educação, somos transformação social!

 

Explorando o mundo da odontologia: aula prática com a Profª Lilian Regina

Explorando o mundo da odontologia: aula prática com a Profª Lilian Regina

No 2° período do curso de Odontologia do Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás, os alunos estão embarcando em uma jornada de aprendizado prático e imersivo. Sob a orientação da Profª Lilian Regina, na disciplina de ‘Agravos e Imunidade 1B’, os estudantes estão mergulhando no universo dos agravos bucais e imunidade.

🔬 A aula prática e laboratorial é uma oportunidade incrível para os futuros dentistas aplicarem conceitos teóricos em cenários reais. Eles estão aprendendo a identificar e compreender diferentes agravos bucais, assim como a importância da imunidade no contexto odontológico.

A Profª Lilian Regina está guiando os alunos por um caminho de descoberta, incentivando a curiosidade e a exploração detalhada desses tópicos fundamentais. Com essa abordagem prática, os alunos estão se preparando para enfrentar desafios reais no futuro, compreendendo como lidar com agravos bucais e considerando os aspectos imunológicos envolvidos.

A experiência em laboratório está enriquecendo a formação acadêmica dos estudantes de Odontologia, proporcionando uma visão holística da profissão e desenvolvendo habilidades cruciais para seu sucesso futuro.

Somos mais que educação, somos transformação social!

 

Diversidade no ensino superior: desafios na inclusão de minorias

Diversidade no ensino superior: desafios na inclusão de minorias

Apesar dos avanços, o ensino superior brasileiro ainda é majoritariamente branco e com presença pequena de grupos minoritários

Se a educação é o caminho mais eficaz para o processo de inclusão social, não fica difícil entender porque é tão importante abordar a presença de minorias em sala de aula. Mas para explorar melhor a diversidade no ensino superior é preciso ter um olhar para os dados, e eles não são exatamente animadores.

Do ponto de vista racial, enquanto o último censo do IBGE aponta que os negros (pretos e pardos) formam 56% da população brasileira, uma pesquisa do site Quero Bolsa revelou que eles são ainda minoria no ensino superior, com pouco mais de 38% dos estudantes. Esse percentual é resultado de um crescimento de cerca de 400% na presença de negros nas insituições de ensino superior brasileiras entre 2010 em 2019, mostrando que há pouco tempo a situação era ainda mais dramática. 

Já quando se fala em pessoas com deficiência, os dados também não são animadores. De acordo com pesquisa divulgada pelo IBGE neste ano, o Brasil tem cerca de 18,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, ou 8,9% da população do país. No entanto, eles são menos de 1% entre os estudantes de instituições de ensino superior no Brasil. 

No recorte por gênero, as mulheres são maioria entre os alunos desde meados dos anos 1990, e tem um percentual maior de pessoas com diploma do ensino superior que os homens. No entanto, fica difícil falar em diversidade no ensino superior quando os homens ainda são a maioria entre os professores (52%). Além disso, diversas pesquisas evidenciam que os homens ocupam mais posições de liderança e melhores salários, dissolvendo a vantagem feminina na formação superior. 

A representatividade sexual e de gênero também é um problema quando o assunto é diversidade no ensino superior. De início, fica difícil até mesmo entender a presença de pessoas LGBTQIA+ nas instituições, já que há um apagão de dados. Para efeito de reflexão, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou uma pesquisa que tem um recorte muito específico: somente graduandos das instituições federais de ensino superior do país. Nesse montante, somente 0,2% dos estudantes eram transexuais ou travestis. 

Ambiente de respeito

O diretor acadêmico da Faculdade UniBRAS Santa Inês, José Nilton Dourado da Silva, é um entusiasta do tema. Como um homem negro, ele se orgulha em ter na insituição uma grande diversidade de pessoas dos mais variados perfis. De acordo com o docente, as característica demográficas da região em que a instituição de ensino está localizada – estado do Maranhão – possibilita uma forte presença de negros na comunidade acadêmica, incluindo quilombolas. Também destaca a presença de alunos membros de comunidades indígenas, em especial da etnia Guajajara. 

“Nós sabemos que o preconceito existe, mas temos que fazer com que essas minorias tenham autonomia e lutem pela justiça”, destaca. Para ele, essa diversidade no ensino superior aumenta a valorização do diferente, a solidariedade entre os pares e a preparação no sentido de conviver no mercado de trabalho de forma harmoniosa. “Eu entendo que a academia ainda é um dos melhores espaços para o exercício das liberdades e do reconhecimento dos direitos coletivos”.

Ele também alerta que a questão etária é importante no processo de inclusão. De acordo com o gestor, há hoje na UniBRAS Santa Inês um diálogo forte com os coordenadores dos cursos no sentido de dar uma atenção especial às pessoas que antes não tinham acesso ao curso superior, e agora retomam às salas de aula para cumprir esse sonho. “Temos que nos adequar. Essas pessoas merecem uma atenção especial, e os exercícios de adequação dos nossos professores tem nos dado resultados muito positivos”.

Para José Nilton, entre as medidas para a criação de um ambiente acadêmico diverso, o respeito é o primeiro passo. “Tem que haver um espaço acolhedor, respeitoso, de compreensão. O ambiente precisa ser interativo, com respeito às crenças e opiniões”.

(Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema Brasília Educacional)

Time AR compartilha segredos do sucesso com estudantes de Nutrição do UniBRASÍLIA de Goiás

Time AR compartilha segredos do sucesso com estudantes de Nutrição do UniBRASÍLIA de Goiás

O Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás recebeu ontem, 22 de agosto, a visita ilustre do time AR, composto pela Nutricionista Aryanne Reis e Nathália Brasil. O evento, que contou com a presença de estudantes do curso de Nutrição, trouxe uma palestra impactante com o tema “QUEM NÃO É VISTO, NÃO É LEMBRADO: o caminho para um Nutricionista de sucesso”.

Aryanne Reis e Nathália Brasil são renomadas no campo da nutrição, com um impressionante histórico de mais de 10 mil atendimentos. A dupla, que atua como mentoras para os futuros nutricionistas, compartilharam insights valiosos sobre como trilhar o caminho do sucesso nessa carreira em constante evolução.

A palestra não apenas atraiu um público entusiasmado, mas também promoveu uma interação estimulante entre as mentoras e os estudantes. Os alunos do curso de Nutrição puderam mergulhar nas experiências e conhecimentos das palestrantes, enriquecendo seus entendimentos sobre os princípios e as estratégias que definem um nutricionista de sucesso nos dias de hoje.

Aryanne Reis e Nathália Brasil destacaram a importância de se destacar no cenário profissional, enfatizando o lema “QUEM NÃO É VISTO, NÃO É LEMBRADO”. A palestra abordou não apenas aspectos técnicos da nutrição, mas também explorou habilidades de comunicação, networking e desenvolvimento pessoal que são essenciais para construir uma carreira sólida e reconhecida.

O evento foi marcado por momentos de aprendizado, inspiração e reflexão. Os alunos tiveram a oportunidade única de absorver conhecimentos de duas profissionais que conquistaram um lugar de destaque no campo da nutrição. A interação direta com as palestrantes permitiu aos estudantes fazer perguntas, compartilhar suas próprias experiências e obter insights práticos para moldar seu futuro profissional.

A visita do time AR ao Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás certamente deixou uma marca profunda nos alunos e reforçou a ideia de que a busca constante por excelência e visibilidade é o caminho para se tornar um nutricionista de sucesso.

UniBRASÍLIA de Goiás inicia aulas de ENEM em parceria com a CRE de SLMB

UniBRASÍLIA de Goiás inicia aulas de ENEM em parceria com a CRE de SLMB

No último sábado, dia 19 de agosto, o Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás deu um grande passo ao iniciar as aulas de preparação para o ENEM em parceria com a CRE (Coordenação Regional de Ensino) de São Luís de Montes Belos. O evento aconteceu no auditório da instituição e contou com a participação de algumas estrelas do nosso corpo docente.

A jornada começou com a calorosa apresentação do nosso Reitor, o Professor Antônio Florentino. Suas palavras foram repletas de boas-vindas e incentivo, marcando o tom inspirador do evento. Em seguida, tivemos a honra de receber o Professor Gisley Brito, renomado no grupo de docentes da instituição, para uma aula de Física repleta de conteúdo e aprendizado.

O impacto foi notável, já que recebemos um total de 188 estudantes provenientes tanto da rede pública quanto da privada de São Luís de Montes Belos e das cidades circunvizinhas. Essa parceria com a CRE visa não apenas preparar esses jovens para um dos momentos mais importantes de suas trajetórias educacionais, mas também reforçar o compromisso do UniBRASÍLIA em contribuir com a educação e desenvolvimento da região.

O evento foi marcado por entusiasmo, participação ativa e a busca pelo conhecimento. A união de esforços entre a instituição e a CRE reflete nosso desejo de promover a educação de qualidade e de ampliar oportunidades para os alunos da região.

O Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás reitera seu compromisso com o desenvolvimento educacional e continuará a colaborar de forma significativa com a formação acadêmica e cidadã dos estudantes da região.

 

Retratos da educação no Brasil: os desafios da docência no ensino superior

Retratos da educação no Brasil: os desafios da docência no ensino superior

Dados mais recentes revelam um ensino superior mais dinâmico e tecnológico, mas ainda cheio de desafios para docentes e alunos

Um país continental, com mais de 200 milhões de habitantes, em pleno desenvolvimento, e com uma massa de pessoas que necessitam da educação superior para conquistar seu espaço no mercado de trabalho e contribuir com a produção científica. Isso num território conhecido pelas deficiências e desigualdades no campo educacional. Esse é o retrato do Brasil em 2023, e é inimaginável abordar essa perspectiva sem antes refletir sobre os desafios da docência no ensino superior, considerando que essa tarefa passa totalmente pela figura do professor.

Entre 1991 a 2019, o percentual da população brasileira com um diploma do ensino superior cresceu de 10,5% para 19,3%, de acordo com o IBGE. Políticas públicas e investimentos que facilitaram o acesso ao curso superior são umas das explicações para que esse percentual tenha quase dobrado em 28 anos. No entanto, esse número não reflete necessariamente um crescimento no número de docentes, já que o Censo da Educação Superior de 2021 mostra que, no período entre 2011 e 2021, o saldo de docentes é de apenas pouco mais de 1400. 

É verdade que esse cenário já foi melhor. Inicialmente, é preciso pensar que a pandemia afetou duramente o ensino superior, e o fato do Censo da Educação Superior de 2021 – dado mais recente – refletir um cenário de forte crise sanitária,  coloca ainda mais questionamentos sobre a qualidade dessas comparações. Mas a desaceleração na criação de postos de trabalho se iniciou antes da pandemia, em 2019. O ponto histórico mais alto foi em 2015, com 388.004 docentes no país, contra 358.825 em 2021, quase 30 mil a menos no período de 6 anos. 

O estudante médio que ingressa no ensino superior hoje é uma mulher jovem, na casa dos 19 anos na graduação presencial, e 21 na modalidade de ensino a distância. Mas quando ela se depara com o docente médio, ele é majoritariamente masculino e na casa dos 40 anos.

Essa diferença de gênero também é exponencial quando comparados com outros docentes do ensino básico, em que 79,2% dos professores são mulheres, contra 52,98% de professores homens na educação superior. Com foco na diferença salarial entre os níveis de ensino, fica fácil observar como os homens ainda levam a melhor. Já quanto ao grau de formação, cerca de 69,4% tem doutorado, 22% mestrado e 8,6% especialização. 

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Questões crônicas

Para refletir sobre os desafios da docência no ensino superior, é preciso primeiro aprofundar mais nas particularidades da educação brasileira. Entendendo que a educação superior vem como uma continuidade da educação básica, para entender as dificuldades cotidianas dos docentes é inevitável entender as deficiências dos ensinos fundamental e médio. 

O pedagogo e docente do UniFACTHUS, Bruno Inácio, é enfático nesse quesito. Para ele, as deficiências no ensino superior já começam com os problemas trazidos pelos alunos da educação básica, com falhas na formação integral dessas pessoas. Também docente da educação básica, o doutorando é um especialista na área. “O aluno não tem a perspicácia em entender que ele faz parte da sociedade, porque os conteúdos abordados em sala estão muito distantes da sua realidade”.

Egresso do ensino público, o professor reflete que, recebendo alunos sem essa devida formação, os docentes do ensino superior precisam trabalhar essas questões com os estudantes, para que eles consigam se entender como parte da sociedade.

Os discentes também sofrem com falta de pré-requisitos e conteúdo e dificuldade em organizar seus objetivos profissionais a longo prazo. “O aluno chega cheio de sonhos, mas tem dificuldade em organizá-los. Quando o questionamos como ele se vê em alguns anos, existem dificuldades em fazer esse movimento, porque ele não foi estimulado na educação básica”, explica. 

Já para o pedagogo e docente da UniBRASÍLIA EaD, Rafael Moreira, entre os desafios da docência no ensino superior hoje está a formação com qualidade. Para ele, houve um aumento muito significativo de instituições de ensino que não dão a devida atenção para essa fase fundamental de formação profissional desses estudantes.

“É necessário que tenhamos um olhar mais profundo, que vá além de ter o entendimento sobre ter um nível superior, mas a qualidade do mesmo. Isso implica em inúmeros fatores, inclusive das políticas de incentivo ao estudo”, expõe o especialista. 

Ele também argumenta que há, no ensino superior, alguns problemas em relação à educação básica. Segundo Rafael, muitos professores do ensino superior ainda estão presos nessas fases iniciais da educação, e transportam para o nível superior uma sobrecarga para a docência. “É fundamental que o nível superior seja entendido como uma fase diferenciada do contexto educativo, inclusive para a autonomia e produção de novos saberes, novas descobertas e a própria construção do conhecimento”, explica. 

O professor também fala sobre a importância da valorização dos docentes, inclusive com melhores remunerações. 

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EaD e novas perspectivas

Uma das mudanças apresentadas pelo Censo da Educação Superior 2021 que chamou mais atenção foi o crescimento da modalidade de ensino à distância. Com os avanços tecnológicos, uma pessoa pode ter acesso à educação de qualidade apenas com a devida conexão à internet. Num país continental e com desafios logísticos imensos, essa possibilidade é um alento. O recurso foi ainda mais impulsionado pela pandemia, que obrigou milhões de estudantes e docentes a recorrerem à modalidade em meio às medidas de isolamento. 

O professor Rafael Moreira observa que essa revolução é “um futuro presente com muitas questões que precisam ser pontuadas”. Para o docente, esse crescimento da  modalidade é uma mudança necessária, principalmente no pós-pandemia, e que gerou novos olhares e práticas, além de acessos em universos que estavam distantes. 

“A EaD deixou de ser uma modalidade em que o PDF era um recurso praticamente característico. Agora temos múltiplas funções e ferramentas com recursos que aproximam o ensino onde quer que o outro esteja”, explica. 

No entanto, ele chama a atenção para os desafios da docência no ensino superior pela modalidade EaD. “Temos que ter cuidados com os excessos e desvios de características dessas mudanças. A educação sempre será educação, o professor deve ter atenção, formação e intencionalidade pedagógica para que os fins profissionais sejam cumpridos”. 

E para que os desafios na docência do ensino superior brasileiro sejam devidamente enfrentados, essas questões precisam ser sanadas com urgência. É que esse crescimento da modalidade EaD já abarca cerca 41,4% das matrículas nessas instituições. Nos graus acadêmicos de Licenciatura e Tecnólogos, os cursos à distância já são maioria, com 61% e 77,5%, respectivamente. 

Bruno Inácio, nosso outro especialista em Pedagogia, e professor também pela modalidade EaD, argumenta que entre os maiores desafios dessa nova forma de formação está justamente deixar claro para o aluno que ele tem uma forte corresponsabilidade em seus processos de aprendizagem. De acordo com o professor, no surgimento do ensino à distância, a aproximadamente uma década, era muito presente a questão do professor ser responsável por esse processo, mas que com as metodologias ativas e a “sala de aula invertida”, houve uma mudança considerável. 

“Se o aluno não perceber o professor como um suporte, um aliado, mas que ele é o protagonista da formação, não funciona. É preciso estimulá-lo para que ele entenda que, na educação digital, ele é quem está no centro”. 

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Longo Caminho

Quando falamos sobre educação brasileira, independente do nível, a discussão é sempre muito ampla. E não poderia ser diferente num país como o nosso. Mas tendo um olhar mais direcionado, é possível interpretar os números e relatos para apurarmos os desafios da docência no ensino superior hoje, de forma mais direta. 

Olhando para as contribuições dos dois pedagogos citados na matéria, eles são unânimes no apontamento correto de políticas públicas. Para ambos, elas precisam seguir garantindo o acesso das pessoas ao ensino superior. 

Rafael Moreira é enfático ao que ele chama de “comercialização do ensino superior”. “As políticas públicas precisam ser ampliadas e até mesmo revisadas. O ensino superior não pode ser vendido como mercadoria”, observa.

Ele destaca também a responsabilidade dessas instituições de ensino. “É necessário que saibamos diferenciar os cursos técnicos, tecnológicos e superiores. Cada um está em uma esfera diferenciada, mesmo trazendo contribuição para a formação social do sujeito. E claro, as instituições precisam integrar o ensino superior como fase de contribuição profissional, e não apenas como composição curricular de mais uma etapa acadêmica”.

Já o pedagogo Bruno Inácio chama a atenção não só para o acesso, mas também para a permanência desses estudantes nas instituições de ensino. “Estamos em avanço, temos que comemorar, mas ainda há um longo caminho a ser trilhado. As políticas públicas devem, acima de tudo, garantir condições de permanência desse estudante no ensino superior. Muito mais complexo que o ingresso é a permanência”, explica.

O especialista explica que é preciso também um olhar especial aos primeiros períodos dos cursos, na busca de conhecer esse estudante na sua integralidade e auxiliá-lo nas dificuldades e o aproximá-lo da sociedade. 

 

(Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema Brasília Educacional)

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