por leonardo santos | jan 24, 2024 | Educação
Quem aceita o desafio garante que os benefícios da abstenção no consumo de álcool valem a pena
Parece inimaginável para alguns. Para quem experimentou, no entanto, os benefícios são diversos. Aproveitar o período de festança pós-Natal e Ano Novo para se abster em consumir álcool por todo o mês é o desafio do Janeiro Branco – Dry January em inglês, iniciativa proposta pela organização britânica Alcohol Change UK. O objetivo é despertar nas pessoas as vantagens em levar uma vida sem o consumo de bebidas alcoólicas.
Iniciada em 2013, a campanha hoje tem adeptos em todo o mundo, todos interessados em observar os mais variados benefícios em abster-se de bebidas alcoólicas durante esse período. Para os adeptos do Janeiro Seco, suas vantagens são inegáveis, como humor mais calmo e com menos agitação, noites de sono bem aproveitadas e até benefícios estéticos, como uma pele melhor. É importante lembrar que, com as funções cognitivas melhores, o rendimento no trabalho e nos estudos também podem ser beneficiados.
A campanha também já foi observada de forma mais próxima por vários estudos, que são unânimes em detalhar que o hábito de se abster de álcool por um período pequeno traz benefícios para além dos 31 dias. Em 2016, um estudo coordenado pela Associação Americana de Psicologia demonstrou que os participantes do Janeiro Seco tendem a diminuir o consumo de álcool para além do período proposto, consumindo menos da substância semanalmente por até 6 meses depois.
Consumo excessivo e alcoolismo
É comum que quando se fale sobre a diminuição consciente no consumo da substância se ouça piadas e outros recursos de bom humor. No entanto, seu consumo excessivo é um assunto de saúde pública, e tem chamado a atenção de especialistas brasileiros. Dados do Covitel – estudo realizado a partir da pandemia para monitorar por telefone a ocorrência de doenças crônicas – em parceria com um teste da Organização Mundial da Saúde, mostram que, em 2023, 6 milhões de brasileiros (4%) consumiam álcool de maneira excessiva.
Para definir consumo excessivo, utilizou-se o cálculo proposto pela OMS de sete doses semanais para mulheres e 14 doses semanais para homens, sendo 1 dose igual à 14 g de álcool. Para atingir esse nível, é preciso consumir, em média, 150 ml de vinho, 350 ml de cerveja ou 45 ml de destilado. A proposta do Janeiro Seco é levar esse consumo à zero.
Para o docente e coordenador do curso de Enfermagem da Faculdade UniBRAS Gama, Célio Pereira, são várias as alterações fisiológicas causadas pela absorção do álcool pelo corpo. “Entre as principais alterações estão a desidratação, a redução da glicose no sangue e alterações no relógio biológico e no sistema imunológico”, explica. Mas o professor adianta que essas alterações não se resumem somente aos sintomas físicos, mas também emocionais.
“No cérebro, a substância age como depressor do sistema nervoso central, fazendo com que a atividade cerebral diminua, mudando também a ação dos neurotransmissores. Com uma ingestão baixa, a tendência é que a pessoa fique mais desinibida, relaxada ou até mesmo levemente eufórica. Com o aumento da ingestão, outras reações vão surgindo, como lerdeza nos reflexos, desatenção contínua, perda de memória, capacidade de raciocínio alterada e falta de equilíbrio”.
O também docente e coordenador do curso de Psicologia da UniBRAS Gama, Robson Luís de Araújo, alerta que o álcool, assim como outras substâncias, é usado frequentemente como válvula de escape, inclusive para promover a socialização. “Isso é muito prejudicial, porque o indivíduo não percebe que está doente, já que a substância age no sistema nervoso central e alivia angústias, dores, e outros sintomas relativos ao adoecimento mental”, alerta.
Robson destaca que, obviamente, não é só consumir álcool que funciona como escape, mas também as drogas e os fármacos – quando utilizados de forma inadequada e sem acompanhamento profissional. Porém, no caso específico do álcool, isso acaba sendo mais banalizado, já que a substância é legal e muito bem aceita socialmente.
“Há diferenças entre o consumo excessivo e o alcoolismo. No alcoolismo, é quando se tem uma dependência desse consumo, em que o indivíduo não consegue mais superar as situações estressoras do dia a dia sem consumir álcool. Ele já não consegue mais descansar, socializar ou se desligar sem a bebida alcoólica. É ainda mais grave quando o consumo é feito durante todo o dia, principalmente em momentos de decisão”, explica.
O especialista enfatiza que quanto mais banal for a decisão a ser tomada que dependa desse consumo, mais grave é o quadro. Nesse sentido, esses processos de decisão acabam gerando alterações neuroquímicas que só são aliviadas com o álcool.
O diagnóstico é confirmado quando essa pessoa já não consegue mais ficar sem consumir álcool de maneira alguma.
“Se é proposto a esse indivíduo uma abstenção do uso, e ele então começa a sofrer com sintomas como insônia, sudorese, nervosismo, entre outros, isso já se caracteriza como adicção. A partir daí, para tratar esse distúrbio, será necessário acompanhamento de especialistas, passando por medicação, psicoterapia, acompanhamento nutricional, exercícios físicos, além de terapêuticas, que são atividades que aliviam o sofrimento”.
O professor descarta a possibilidade de internação compulsória nesses casos, já que ela vem se mostrando bastante ineficiente. Mas é enfático sobre a necessidade de autoconsciência, quando o indivíduo entende que está passando por um problema, e também do apoio familiar, que diz ser indispensável.
Por último, Robson explica que o alcoolismo nunca se instala sozinho, mas sempre como um processo patológico secundário, ou seja, um adoecimento mental prévio, que tem o consumo de álcool como resposta.
E se Janeiro já estiver passado?
Imagine que você se pegue nesse dilema: aceitar o desafio do Janeiro Seco, mas o mês já passou. Não se preocupe! A Alcohol Change UK, que propõe a campanha, garante que é perfeitamente possível fazer o desafio em qualquer época do ano, já que Janeiro é só um mês simbólico. Por isso, você pode começar observando os dias necessários para cumprir o desafio, e existe até um aplicativo para ajudar a monitorar esse desafio.
Mas atenção: o desafio não é indicado para pessoas que de fato têm dependência em consumir álcool. Nesse caso, o indicado é que essa pessoa busque ajuda profissional, já que se abster da substância de forma abrupta pode trazer sérios prejuízos à saúde.
E, por último, é claro, se você iniciar o desafio e tiver muita dificuldade, aproveite a oportunidade para visitar um profissional de saúde mental. O cuidado é essencial para se ter uma vida mais feliz e saudável.
(Texto: Bruno Correa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema BRAS Educacional)
por leonardo santos | dez 21, 2023 | Educação
Para muito além da inteligência artificial, a Educação enfrentou árduos desafios e dilemas no ano que termina
Todo final de ano é comum olhar pra trás e ter a impressão que muita coisa séria se passou. Afinal, ao longo de 12 meses, são muitos os acontecimentos e as nuances que os acompanham. No cenário da Educação isso não é diferente: o mundo muda, e professores e instituições de ensino não podem ficar para trás. É pensando nisso que angariamos aqui a visão de 4 especialistas em Pedagogia para relembrar as temáticas de destaque da Educação em 2023.
Num ano marcado no Brasil por um novo governo – com diferenças marcantes na visão sobre a pasta educacional com relação à gestão anterior, avanços tecnológicos importantes e ao mesmo tempo assustadores – como a inteligência artificial, crise climática, ocorrências violentas no ambiente escolar e tantos outros acontecimentos importantes, as temáticas de destaque na Educação em 2023 apontadas por nosso docentes do Ecossistema BRAS Educacional são bem variadas, mas englobam sobretudo preocupações quase universais dos especialistas da área.
- Uso intencional da tecnologia no ensino
Quando se fala em ensino e tecnologia em 2023, o Chat GPT foi quem dominou o assunto. Construído com inteligência artificial, o programa desafiou professores no processo educacional, e fez com que muitas instituições de ensino e gestores “pulassem alto” e iniciassem uma verdadeira caça à ferramenta. Mas para o pedagogo e docente da UniBRAS Digital, Rafael Moreira, entre as temáticas de destaque na Educação em 2023, o foco em tecnologia na área pedagógica foi muito além da AI.
O professor entende que, passadas as necessidades da pandemia de COVID-19, em que a tecnologia prestou um importante apoio para que os processos educacionais pudessem seguir, é importante agora entender que o ensino deve estar fortemente atrelado aos recursos tecnológicos e digitais.
“Precisamos entender que a tecnologia não determina o aprendizado e a aprendizagem, mas ela contribui para isso. Atrelada ao conteúdo digital, ao livro, às atividades de extensão e paradidáticas como um todo. É o uso intencional dos recursos tecnológicos, e não só tecnologia por tecnologia”, argumenta.
Para o docente, enquanto em 2022 havia uma busca por uma identidade pós-pandêmica na Educação, nesse ano essa busca se tornou mais arrojada. Nesse sentido, ele explica que os profissionais entenderam em 2023 que se necessita ainda mais dos avanços digitais, com foco no maior acesso, contato e uso dessas tecnologias, sendo a inteligência artificial só uma desses avanços disponíveis.
“A tecnologia sempre apontou para a educação, mas seu uso ainda era muito restrito como um suporte. Hoje entendemos que é muito mais que isso, já que esse apoio deve estar atrelado a uma estratégia e ser agregado à uma prática intencional. É preciso ter maturidade para perceber que dentro dos processos educativos deve-se entrar a tecnologia, muito mais que um datashow, ou um retroprojetor”.
- Acesso às instituições de ensino
Para além da tecnologia, o docente e diretor da Faculdade UniBRAS Santa Inês, José Nilton, explica que as desigualdades sociais e econômicas dos estudantes brasileiros durante a pandemia, além de erros na gestão política da pasta em anos anteriores, evidenciaram um fosso na Educação brasileira. E é justamente nesse contexto ainda pós-pandêmico, de recuperar o que foi perdido, é que o especialista elenca esse processo de inclusão da sociedade nas instituições de ensino como uma das temáticas de destaque na Educação em 2023.
“É uma questão muito ampla. Com as questões da pandemia, houve um comprometimento das aprendizagens. Além dos problemas com relação ao acesso às tecnologias, que nem todos tinham, aqueles que tinham esse privilégio sofreram com a falta de habilidade de alguns professores para ensinarem a distância, causando muitas desistências, e o esvaziamento das instituições de ensino”, relata o especialista.
Mas se o contexto pandêmico trouxe prejuízos, em 2023 houve a oportunidade de resgate, e nesse sentido, surgiram novas oportunidades de ensino. Para José Nilton, essa retomada trouxe várias questões antes adormecidas para o debate, como a adequação por meio de novas formas de aprendizagem, a diversidade cultural e inclusão de pessoas da periferia, dos povos originários e outras minorias no processo educacional, o respeito às diferenças e a retomada dos debates sobre os fatores emocionais.
“A questão das habilidades e competências, a reinserção da academia com outra capacidade de visão, a busca pelo jovem que se afastou. Nesse sentido, 2023 nos favoreceu bastante”.
- Inteligência emocional
Que a pandemia deixou diversos ensinamentos permanentes para o campo educacional, isso não se contraria. Mas entre as temáticas de destaque na Educação em 2023, o pedagogo e docente do Centro Universitário UniFACTHUS, Bruno Inácio, cita a necessidade de se abordar a inteligência emocional entre os alunos.
O docente explica que, com o crescimento do uso de aparelhos tecnológicos, a ausência dos pais na rotina familiar, a correria no dia a dia, além do uso indevido e desregulado das tecnologias, são fatores que corroboram para que essa temática ganhe destaque na Educação.
“A pandemia coincidiu com a implantação da Base Nacional Comum Curricular, em que a inteligência emocional é apontada como uma habilidade a ser trabalhada. Ela é permanente no documento. Todos os professores, em todos os níveis da educação básica e média, precisam trabalhar esse assunto com seus alunos”, explica o docente.
Ele indica que, embora essa questão tenha ganhado muito destaque na pandemia, com todas as alterações e consequências pedagógicas que a emergência sanitária trouxe, essa necessidade ainda é imperativa e permanente. “Com o mundo globalizado, o uso frequente da tecnologia e correria da vida moderna, percebemos que uma pessoa que consegue ter essa habilidade, ela consegue lidar melhor com outras habilidades”.
- Recomposição da aprendizagem pós-pandemia
A pandemia ainda não passou, pelo menos na Educação. É por isso que, entre as temáticas de destaque na Educação em 2023, ela continua bem presente. Para a pedagoga e docente do Centro Universitário UniFACTHUS, Juliana Beatriz Teixeira, as consequências são maiores na defasagem do ensino durante a emergência sanitária, que ainda não foi sanada.
“A educação passou por momentos desafiadores e críticos, foi feito da escola um local de reaprender para todos os envolvidos. Voltamos às aulas presenciais sem entender o que ensinar aos alunos. Foram dias difíceis, mas fundamentais para pensar como recompor todas as habilidades não contempladas aos nossos alunos, e de que ponto recomeçar”, aponta a docente.
Ela explica que, a partir dessas dificuldades, exigiu-se muitos dos educadores um olhar diferenciado, direcionando cada aluno nas suas diferenças e ritmos. Olhar para esse lado individual em detrimento do coletivo é um dos desafios da retomada educacional pós-pandemia. Para Juliana, é hora de rever conceitos acadêmicos.
“A escola ressurge de modo todo especial e atento a rever conceitos acadêmicos básicos, buscando o ensino de qualidade, pensando nos conteúdos programáticos para cada ano estudado. Agora é recuperar o tempo perdido, rever as competências que devem ser alcançadas e fazer a diferença de forma individual, inclusiva e contínua, valorizando sempre o discente”.
(Texto. Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema BRAS Educaciona
por leonardo santos | dez 12, 2023 | Dicas, Educação
Novembro Azul é a campanha de conscientização da saúde dos homens, especialmente quanto ao câncer de próstata
A ideia de um homem forte, que não tem limitações, não chora e não sente dor. A masculinidade suprema, que tudo suporta e nada se abala. Esse é o cenário que encontram médicos e especialistas em políticas públicas quando se fala em saúde masculina. Essas crenças encontram pelo caminho uma situação mais difícil para os homens nos quesitos qualidade de vida e expectativa de vida, e é o principal motivador da campanha Novembro Azul.
Esse tipo de pensamento reforça negativamente os números quando se pensa em saúde masculina. Em 2021, o Instituto Lado a Lado pela Vida divulgou um estudo feito em 4 países latinoamericanos – Brasil, Argentina, Colômbia e México – que mostrou que 62% dos homens só procuram ajuda médica quando os sintomas são considerados insuportáveis. Ainda em 2021, os homens brasileiros viviam em média 6,9 anos menos que as mulheres.
Com o prognóstico de que 11% dos homens desenvolverão câncer de próstata em algum momento, o Novembro Azul tem como foco principal a conscientização para o exame preventivo, que deve ser realizado anualmente a partir dos 50 anos, e a partir dos 45 em homens negros, ou que tem histórico familiar da doença. Com mais de 44 mortes pela doença no Brasil por dia, esse tipo de câncer é o que mais mata homens no Brasil, e é o que mais chama atenção quando se fala em saúde masculina.
Mas o foco não é só sobre o câncer de próstata. Quando se pensa é saúde masculina, o Novembro Azul também se desdobra em outras doenças e comportamentos prejudiciais muito comuns entre os homens, como a hipertensão, o colesterol, dependência química, obesidade, tabagismo, além de saúde mental e prevenção ao suicídio – que tem nos homens a maiora absoluta das vítimas.
Não vale a pena esperar
É indiscutível que um sintoma incômodo ou constante é um sinal importante para que se busque ajuda médica. No entanto, em muitas doenças, as fases iniciais podem não provocar sintomas. Essa combinação de evolução lenta e situação silenciosa é a receita para que as condições sejam diagnosticadas de forma tardia, diminuindo consideravelmente as chances de cura. Esse é o maior desafio das campanhas para conscientização da saúde masculina, incluindo o câncer de próstata.
O docente e diretor do curso de Biomedicina do UniFACTHUS, Douglas Cobo Micheli, explica que, no caso do câncer de próstata, na maioria das vezes o tumor cresce de forma extremamente lenta. “Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma muito lenta, e leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³, não dando sinais durante a vida e nem ameaçando a saúde do homem”, argumenta.
O profissional também explica que a prevenção é feita por meio de dois exames. Um em que se coleta o sangue do paciente e o testa com reagentes para identificar vestígios cancerígenos, e outros de forma manual, em que o médico realiza o toque retal. É justamente fazendo com que os homens furem a bolha do preconceito e se encaminhem de forma regular aos profissionais de saúde que pode-se fazer a diferença e diminuir consideravelmente os difíceis números na saúde masculina hoje.
“Quando o resultado de um desses exames é anormal, o especialista irá solicitar a realização de análises complementares. Estes testes ajudam a descartar ou confirmar a suspeita médica. Se houver um diagnóstico de câncer de próstata, será preciso avaliar o estágio em que o tumor se encontra para definir a conduta mais adequada para o tratamento”.
Douglas também alerta que dificuldades para urinar ou a diminuição do jato urinário, além de maior necessidade de urinar nos períodos da noite ou do dia podem ser sinais de atenção, e deve-se buscar o médico imediatamente. A recomendação da campanha do Novembro Azul, portanto, é nunca esperar por eles.
Outro detalhe importante é que o câncer de próstata não atinge só homens, mas todos aqueles que possuem a glândula, incluindo pessoas transgêneras. A partir disso, é importante também que elas realizem o exame anualmente.
A enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade UniBRAS Gama, Isla Cherlla da Silva Brito, explica que, quando o diagnóstico ocorre ainda em fases iniciais, a radioterapia ou o procedimento cirúrgico são as opções mais comuns de tratamento. No entanto, ela alerta que o câncer de próstata não é o único foco da campanha pela saúde masculina.
“Temos outras doenças relacionadas ao grupo masculino, como o câncer de testículos, câncer de penis, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio”.
A docente também aborda os fatores que distanciam os homens dos cuidados com a saúde e as consultas regulares ao médico, que é um dos principais focos da campanha do Novembro Azul, e o que mais dificulta o diagnóstico a tempo de salvar vidas.
“De acordo com o Ministério da Saúde, o que afasta os homens dos consultórios médicos é o fator cultural, no qual eles se julgam imunes às doenças, consideradas por eles sinais de fragilidade”.
(Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)
por leonardo santos | dez 12, 2023 | Dicas, Educação, Saúde
Entenda como a nutrição e estudos devem andar de mãos dadas
É comum que, quando precisamos nos debruçar sobre os livros, pensemos em uma rotina saudável de estudos. Ela deve envolver, antes de qualquer coisa, muito tempo disponível para entrar a fundo no conteúdo, afastar distrações e manter a constância. Mas não são só as horas estudadas que remetem a bons resultados finais: nutrição e estudos têm muito mais em comum do que muitos imaginam.
Vale lembrar que, para se alcançar a excelência, é preciso antes de tudo manter uma rotina saudável de estudos, e isso deve incluir, entre outras coisas, boas horas de sono, momentos de descanso, exercícios físicos diários e também uma boa alimentação. É entendendo a conexão entre nutrição e estudos que separamos aqui no blog algumas dicas.
Para listar essas dicas, contamos com o apoio da nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário UniBRASÍLIA de Goiás, Lionora Francisca. Ela explica que a relação entre a nutrição e estudos são acompanhados de perto por vários especialistas da área. “Grandes nomes da Nutrição evidenciam a importância de hábitos alimentares saudáveis para o pleno funcionamento cognitivo. Uma alimentação adequada desempenha um papel crucial na manutenção da concentração, na memória e na capacidade de aprendizado”, revela.
- Ômega-3
Investir em uma rotina saudável de estudos também é estar atento ao pleno funcionamento cognitivo e do cérebro em geral. Por isso, a docente explica que alimentos ricos em Ômega-3 são fundamentais para a saúde cerebral.
“Esses alimentos contribuem para a formação de neurônios e a transmissão eficiente de impulsos nervosos, essenciais para absorver e reter informações”, argumenta Lionora.
Entre os alimentos que são ricos nesses ácidos graxos estão as nozes, os peixes e a semente de linhaça.
- Alimentação equilibrada em nutrientes
Se para muitos a relação entre nutrição e estudos não está tão clara, é imprescindível observar o devido equilíbrio e variedade de nutrientes para que se obtenha bons resultados.
Uma dieta balanceada, repleta de frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras deve fazer parte de qualquer rotina saudável de estudos. Esses alimentos fornecem os nutrientes essenciais para a manutenção da energia ao longo do dia, evitando picos de açúcar no sangue que poderiam levar a quedas de concentração.
- Atenção aos hábitos alimentares
Não é só sobre o que se come, mas também da maneira que esses alimentos são ingeridos. Lionora explica que fazer pequenas refeições ao longo do dia, em intervalos regulares, também é importante numa rotina saudável de estudos.
“Esse hábito mantém o nível de glicose estável no sangue, garantindo um fornecimento constante de energia ao cérebro”.
- Fuja dos ultraprocessados
No âmbito da ligação entre nutrição e estudos, é fundamental entender que os ultraprocessados não prejudicam somente a saúde física, como também a mental e cognitiva. “Evitar alimentos altamente processados e ricos em açúcar é uma recomendação unânime entre os especialistas”,revela a educadora.
A explicação é que esses alimentos tendem a causar flutuações drásticas nos níveis de açúcar, afetando negativamente a concentração e a produtividade, tudo que quem deseja uma rotina saudável de estudos não pode ter.
Estão na lista desses alimentos grande parte dos produtos industrializados, refrigerantes e ainda alimentos de redes de fast-food.
- Mantenha-se hidratado
Parece óbvio, mas não há como manter uma rotina saudável de estudos sem a devida ingestão de água. É que o bom funcionamento do corpo depende fortemente do consumo adequado dela, e isso se reflete fortemente nas funções cognitivas do estudante.
“A hidratação adequada não deve ser subestimada. Estudos demonstram que a desidratação pode prejudicar a função cognitiva, diminuindo a capacidade de foco e memória. Portanto, manter-se bem hidratado é tão importante quanto escolher os alimentos certos”.
(Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema BRAS Educacional)
por leonardo santos | dez 12, 2023 | Dicas, Educação
Ser fluente em algum idioma estrangeiro é forte diferencial em processos seletivos, de acordo com especialistas de recursos humanos
Em um mundo profundamente conectado, é difícil não ser impactado diariamente pela presença de algum idioma estrangeiro. Em músicas e séries, conteúdos jornalísticos, conversas com amigos e familiares que vivem no exterior, e também nas relações profissionais. É muito difícil hoje encontrar alguma profissão em que a presença do inglês, espanhol ou outro idioma não tenha uma forte importância.
É pensando ainda no ponto de vista profissional que a fluência em idioma estrangeiro torna-se um diferencial. Isso porque, para muitas empresas, é fundamental que seus colaboradores tenham conhecimentos para além de sua língua materna. Assim, profissionais fluentes – ou ao menos com nível avançado – passam na frente quando estão participando de processos seletivos.
Além de ser um forte atrativo em processos seletivos, os especialistas também apontam que ter conhecimento em idioma estrangeiro também dá ao profissional outras vantagens, como a possibilidade em buscar vagas com salários melhores, poder ter experiências profissionais em outros países, ter facilidade em educação e profissionalização e ainda maior possibilidade de comunicação com profissionais internacionais, estimulando a rede de contatos.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo site recrutador Catho, ter fluência em um idioma estrangeiro pode elevar em até 52% o salário dos profissionais em comparação com outros colegas de profissão e mesmo nível hierárquico que não tem essa habilidade. Um outro levantamento do British Council revelou que apenas 1% da população brasileira é fluente em língua inglesa.
Saindo na frente
A analista de Gestão de Pessoas do Centro Universitário UniBRAS Rio Verde, Cassia Garcia Cabral é unânime em reforçar a presença do idioma estrangeiro no currículo. Atuante na seleção de pessoas, ela entende que aqueles que já possuem fluência em alguma língua além do português estão na frente nos processos seletivos.
“O inglês avançado já é fundamental, e não só o básico. Muitos candidatos possuem um nível avançado em conhecimentos da área, mas acabam não sendo selecionados por não terem conhecimento em língua estrangeira”, aponta.
A profissional explica que o avanço de multinacionais na economia brasileira, inclusive com a forte presença de investimentos chineses no país, tem promovido uma verdadeira busca a profissionais com fluência em língua estrangeira, que não se resume só ao inglês, nem só aos grandes centro urbanos – há forte busca em cidades do interior também.
“Praticamente em todas as áreas hoje o idioma estrangeiro é exigência, mas serviços na área de tecnologia e no campo do agronegócio têm sido fortemente impactados por essas exigências”.
Entre os idiomas mais buscados, Cássia explica que o inglês e o espanhol são predominantes, mas o francês, alemão e até o mandarim têm tido forte busca. Demonstrando isso, ela diz que recentemente, na cidade vizinha de Itumbiara (GO), uma gigante chinesa da área da energia limpa se instaurou, abrindo muitas vagas, e todas tinham exigência de inglês fluente.
Novas possibilidades
Se antes, para alcançar a fluência em um idioma estrangeiro, os profissionais precisavam se deslocar até um curso com frequência semanal e horários pré-determinados, hoje isso não é mais obrigatoriedade. É que as novas tecnologias abriram também novas possibilidades, como aulas on-line, e com frequência e horários flexíveis, se adaptando à rotina do profissional.
Há inclusive a disponibilidade de cursos gratuitos, ou mesmo a possibilidade de se treinar com nativos, favorecendo o desenvolvimento da conversação.
Mas se você já venceu os processos seletivos, e ainda busca a fluência no idioma estrangeiro para incrementar seu currículo e melhorar seu desempenho profissional, muitas empresas disponibilizam plataformas de ensino para seus colaboradores, e vale a pena estar atento! O que não vale mais é perder oportunidades por falta de conhecimento.
(Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação do Ecossistema BRAS Educacional)