Presença de negros no ensino superior: um olhar sobre a desigualdade histórica

Presença de negros no ensino superior: um olhar sobre a desigualdade histórica

Inclusão cresce, mas ainda há longo caminho para a equidade

Se estar em uma instituição de ensino superior ainda é um privilégio reservado para poucos no Brasil, esse caminho é ainda mais estreito quando não se tem a pele clara. O preconceito e a desigualdade econômica – que evidentemente afeta mais os pretos e pardos – ainda são gargalos importantes na inclusão e presença de negros no ensino superior.

Formando 55,5% da população, de acordo com o Censo do IBGE de 2022, os pretos e pardos conformam 47% de negros no ensino superior, de acordo com o mesmo IBGE. Além disso, 36% dos jovens brancos entre 18 e 24 anos estão ou já concluíram o ensino superior, enquanto entre pretos e pardos esse percentual é de 18%. Essa disparidade demonstra um padrão claro de desvantagem para os negros no ensino superior.

Quando se fala em docentes, a presença de negros no ensino superior é ainda mais prejudicada. De acordo com uma pesquisa do Instituto Semesp, em 2020, somente 24,7% dos professores do ensino superior no país eram negros. Esse percentual mostra que além da dificuldade de entrada, a permanência acadêmica é ainda mais difícil para esse grupo.

Ainda assim, esses números vêm crescendo. De acordo com o INEP, em 2010 os negros formavam 41% dos estudantes do ensino superior. Essa mudança vem sendo percebida graças a diversos fatores, mas principalmente por políticas públicas voltadas a população negra, como as cotas raciais. As vagas reservadas aos estudantes de instituições públicas e pessoas de baixa renda também colaboram de forma indireta.

Para diversos pesquisadores, a presença de negros no ensino superior é importante não só pelo fator de inclusão educacional, mas de inclusão social como um todo, com foco nas áreas profissional e econômica. É que a educação superior é a principal forma de ascensão social no Brasil, com consequências que vão muito além do ambiente acadêmico.

O pedagogo e docente da UniBRAS Digital, Rafael Moreira, afirma que apesar das evoluções, a desigualdade ainda é regra. Para ele, é importante pontuar a existência de fatores estruturantes no cenário histórico e a falta de condições sociais que levam a isso, passando desde o período de escravização do povo negro, seguindo pela falta de políticas públicas no pós-escravidão e, por último, o preconceito.

“Hoje temos várias políticas públicas e projetos de inclusão e integração correlacionadas com a inclusão, como leis de cotas, programas de bolsas, programas de políticas afirmativas, entre outras. Tudo isso é uma grande

oportunidade de ressignificar o passado excludente, e que dava preferências”, explica.

Para o pedagogo, essas novas políticas públicas devem seguir adiante. “Elas devem ser parte mais ampla, para que todos saibam das suas existências e possam gozar dos direitos de uso, não sendo vistas portanto como privilégios, e sim como oportunidades”.

Uma bela história

Que existe racismo num país como o Brasil é um fato inquestionável, mas felizmente nem sempre as experiências são negativas. A bióloga e docente da UniBRAS Juazeiro, Carla Regine Reges Silva França, conta, com alívio, que nunca passou por alguma situação de racismo na academia.

Se o assunto é presença de negros no ensino superior, Carla foi além. Não só se graduou, como é mestre e doutora, com histórico de atuação na Embrapa. Sua experiência é tão positiva, que a docente ficou com receio se seria o melhor personagem para a nossa matéria. Mas falar sobre a presença de negros no ensino superior não necessariamente precisar ser – nem deve ser – sobre histórias ruins.

No entanto, ela revelou que percebe uma presença menor de negros no ensino superior. “No mestrado existiam quatro colegas negros, numa turma de dezesseis pessoas. No doutorado, em torno de cinco pessoas, num universo de pouco mais de vinte”, conta.

Para ela, isso ocorre por uma falta de políticas públicas que tenham efetividade desde as bases da educação. A docente relata que, em seu caso, graças aos esforços dos pais, teve a oportunidade em estudar num dos melhores colégios da região.

“Uma pessoa negra sendo representada dentro da academia é um fato muito interessante. As pessoas nos vêm e idealizam isso, de poderem estar lá também”. (Texto: Bruno Correa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)

5 sintomas simples do câncer

5 sintomas simples do câncer

Pra além de sintomas complexos, doença pode dar sinais corriqueiros, principalmente no início

Na campanha do Outubro Rosa, o câncer de mama ganha destaque, assim como o autoexame e a mamografia, por ser o câncer mais comum entre mulheres no Brasil. Já no Novembro Azul, o maior destaque é o câncer de próstata. Mas falando sobre câncer no geral, existem outros sintomas simples do câncer que podem afetar qualquer tipo da doença.

Com a rotina corrida e as exigências infinitas de desempenho, muitos acabam não prestando atenção aos sintomas simples do câncer. Mas estar atento aos sinais do corpo é importante para prevenir uma das doenças que mais matam no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 704 mil casos de câncer por ano no país.

Entre as mulheres, o câncer de mama é o mais comum, com cerca de 74 mil casos por ano. Já entre os homens o câncer de próstata predomina, com 72 mil casos anuais. Nos dois, o diagnostico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura, e os exames preventivos anuais – a mamografia no caso das mulheres e o exame de próstata nos homens – são fundamentais.

É justamente por essa necessidade de atenção à saúde que as campanha do Outubro Rosa e Novembro Azul focam na necessidade em cuidar de si mesmo. O docente e coordenador do curso de Enfermagem Célio Pereira, alerta para a diferença entre sinais e sintomas do câncer.

“O sinal é uma manifestação que pode ser vista e checada por outra pessoa, como uma febre, por exemplo. Já o sintoma é algo sentido somente pela pessoa, como a dor”, destaca. O professor explica ainda que esses sintomas podem variam de acordo com o tipo do câncer.

Mas para além dos cânceres mais comuns, existem alguns sintomas simples do câncer que podem ser comuns a todos ou a maioria das incidências da doença, e que não são destacados no dia-a-dia. Nem de longe esses sintomas significam necessariamente um diagnóstico de câncer, mas são sinais de alerta para buscar um médico.

1. Cansaço constante

Parece banal, mas sentir uma sensação de cansaço e fadiga constante pode ser um dos sintomas simples do câncer. Isso acontece porque muitas pessoas com a doença costumam ter diminuição dos glóbulos vermelhos, o que diminui a oxigenação no sangue.

Sangramentos, anemia e eliminação de sangue pelas fezes faz parte desse déficit dos glóbulos vermelhos no sangue, por isso é importante estar de olho nas fezes. Em casos avançados, é comum que pessoas com câncer tenham cansaço ao acordar, mesmo com uma noite de sono.

As razões para esse cansaço são diversas, mas principalmente pela alta demandas de calorias que o desenvolvimento de células cancerígenas exige, como também a eliminação de substâncias tóxicas no corpo.

2. Emagrecimento repentino

Há quem gostaria de ter uma perda de peso rápida, mas perder massa corporal de forma expressiva sem dieta e intensificação da atividade física é sinal de alerta pra várias condições de saúde, inclusive um dos sintomas simples do câncer.

Esse emagrecimento tem a ver com as mudanças metabólicas provocadas pelo crescimento constante de células cancerígenas, que demandam uma grande queima de calorias.

3. Inchaços

Um dos sintomas simples do câncer pode se manifestar por inchaços em regiões específicas do corpo. Um dos mais comuns é na barriga, que pode ou não acompanhar outros sintomas nos sistemas digestivo e urinário, como alterações nas fezes e urina, e também dor na região.

Outro ponto comum de inchaço em casos da doença é na região das ínguas, como virilha, axilas e pescoço. Além disso, câncer de mama pode apresentar inchaço na região mamária, assim como nos homens o câncer de testículo provoca inchaço na região.

4. Manchas

Aparecer com manchas na pele pode ser encarado com pouca seriedade pela maioria das pessoas, ou mesmo passa desapercebido, mas também pode ser um sintomas simples do câncer.

No caso do câncer de pele é muito comum que manchas se tornem maiores ou mais escuras, e também apareçam com cicatrizes e sangramento. Porém, manchas escuras, avermelhadas ou amarelas, além de aspecto aspero, coceira e dor nessas manchas, em muitas regiões do corpo, são sinais de alerta.

5. Dor que não passa

Embora pareça óbvio, é muito comum que no dia-a-dia se ignore dores, que tendem a ser encaradas como passageiras. Mas ter uma dor constante, que não passa com medicações é um sinal de alerta do corpo para várias condições, incluindo o câncer. (Texto:Bruno Corrêa – Assesoria de Comunicação Ecossistema Bras Educacional)

Setembro amarelo: 5 pontos de atenção sobre medicamentos psicotrópicos 

Setembro amarelo: 5 pontos de atenção sobre medicamentos psicotrópicos 

Antidepressivos e ansiolíticos podem ser fundamentais em tratamentos de desconfortos psíquicos, mas precisam de acompanhamento médico adequado 

Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.     

Há quem tenha receio em utilizar medicamentos psicotrópicos para o tratamento de transtornos mentais. A verdade é que toda medicação deve ser utilizada com cuidado e devido acompanhamento médico, e no caso de remédios como ansiolíticos e antidepressivos, essa atenção deve ser ainda maior.  

No entanto, em muitos casos, o uso de medicamentos psicotrópicos é fundamental no enfrentamento dessas doenças. Isso porque, para muitos, os sintomas podem ser mais fortes, e até severos, e seu tratamento envolve também a psicoterapia, a alimentação adequada, exercícios físicos e mudanças na rotina. Tudo isso, em conjunto, é efetivo, mas leva tempo para fazer efeito.  

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 15% dos brasileiros têm transtorno depressivo em algum momento da vida, sendo a prevalência entre mulheres ainda maior, em torno de 20%. Já a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) revela que mais de 18 milhões de brasileiros convivem com transtornos ansiosos, o que converte nosso país num dos mais “ansiosos” do mundo.  

Nesse sentido, os medicamentos psicotrópicos acabam funcionando como uma “ponte” entre o início do tratamento, em que esses sintomas estão mais fortes, e o momento em que o paciente já consegue lidar com eles sem a necessidade desse auxílio. É a partir disso que se entende a necessidade e importância dessas medicações, responsáveis por salvar milhares de vidas por ano. 

Mas apesar de existirem pessoas que tem resistências aos medicamentos psicotrópicos, há outras que fazem o uso de maneira indevida, sem qualquer acompanhamento. Esse comportamento é de alto risco para a saúde, tanto a mental quanto a física, já que sem o devido conhecimento médico o uso dessas substâncias tem uma série de consequências.  

A psicanalista e docente do Centro Universitário UniBRAS Montes Belos, Carolina Almeida, explica que é de extrema importância o cuidado com esses fármacos, e que em casos mais agudos em que há a necessidade do uso de medicamentos psicotrópicos, é necessário um trabalho conjunto do psiquiatra e do psicólogo. Aqui no blog já falamos sobre os tipos mais comuns de psicoterapia e suas abordagens sobre os sofrimentos psíquicos. 

“Há casos em que uma pessoa não tem pensamento suicidas, mas tem uma vontade de ‘deixar de existir’, e o medicamento pode ser perigoso nesse momento. Por isso a medicação é importante em casos mais agudos, mas é necessário o acompanhamento adequado para que essa pessoa não se perca no uso do fármaco”, argumenta. 

A docente cita casos em que o uso dos medicamentos psicotrópicos é feito em altas doses para que se alcance efeitos sedativos, ou mesmo em momentos de crise para atenuar os sintomas, e esse uso indiscriminado pode provocar sérios danos à saúde. Ela também entende que nem todos os casos há a necessidade de medicação, já que certos desconfortos psíquicos são naturais em determinados momentos da vida. 

“Em alguns casos como o fim de um relacionamento, ou uma crise existencial, somente um acompanhamento psicológico pode ser efetivo. E com o uso indiscriminado desses fármacos, a pessoa pode neutralizar esses sentimentos ruins a ponto de deixar de tomar decisões importantes na vida”. 

Aproveitando as celebrações do Setembro Amarelo, e entendendo que, dentro da comunidade acadêmico, há uma relevância especial quando se fala em saúde mental, separamos abaixo 5 pontos sobre o uso de medicamentos psicotrópicos.  

  1. Acompanhamento médico 

É imprescindível, antes de se fazer o uso de medicamentos psicotrópicos, uma visita à um médico psiquiatra. Esse é o profissional habilitado para atender, compreender, diagnosticar, receitar e acompanhar pessoas com questões de saúde mental. 

Além de ter o devido conhecimento das condições que podem afetar os pacientes, o médico psiquiatra também sabe diferenciar os sintomas, que podem ser confusos. Também é altamente recomendada a realização de exames, como o hemograma ou o encaminhamento com outros especialistas, como o neurologista.  

Isso porque muitas vezes as doenças mentais podem ser desencadeadas por questões fisiológicas, como desequilíbrio hormonal, por exemplo, embora esse não seja o cenário em todos os casos. 

  1. Entender como funciona a medicação 

É do senso comum entre muitas pessoas que um antidepressivo existe para tratar a depressão. Isso não é totalmente falso, mas não compreende todos os usos dessa medicação, já que antidepressivos variados podem ser utilizados parar tratarem casos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros quadros.  

Por isso é importante entender, junto ao médico, como funcionam esses medicamentos psicotrópicos, e os objetivos que devem ser alcançadas com eles. Além disso, essas medicações podem apresentar efeitos-colaterais importantes, e ter conhecimento deles ajuda a driblá-los melhor.  

É relevante também estar de olho em eventuais interações medicamentosas. Por isso, o médico sempre deve ter conhecimento de todos os medicamentos utilizados pelo paciente, que também deve estar atento ao utilizar novas medicações.  

  1. Fazer o uso correto desse medicamento 

No tratamento de condições mentais, alguns detalhes rigorosos podem fazer grande diferença nos resultados apresentados. O primeiro deles é fazer o uso dos medicamentos psicotrópicos de maneira correta, ou seja, diariamente, em horários e doses recomendadas. Isso é extremamente relevante para entender a efetividade dessas medicações. 

Outro ponto de atenção é não exceder a dose dessas medicações, já que muitas delas, quando utilizadas de maneira inadequada, podem causar dependências física e psicológica.  

Além disso, não se deve parar de tomar esses remédios abruptamente e por contra própria, já que muitas delas apresentam sintomas severos na retirada. Somente o médico é quem sabe o tempo e a maneira adequada em retirar essa medicação. Em alguns casos, esses remédios inclusive têm seu uso recomendado permanentemente. 

  1. Estar atento a eventuais reações 

Medicamentos psicotrópicos podem apresentar reações muito diferentes de uma pessoa para outra. É por isso que é preciso estar atento ao que se sente, mental e fisicamente. A partir do devido uso e acompanhamento, é possível saber quando essa medicação não está adequada. 

Em casos de eventual rejeição, não há necessidade de preocupação. O médico fará a retirada ou adaptação de dose do medicamento, assim como a introdução de outros fármacos, se necessário. Para além disso, muitas condições permitem vários tipos de intervenções medicamentosas diferentes.  

  1. Cuidar de todo o resto do tratamento 

Nem todos os tipos de tratamento para saúde mental envolvem o uso de medicamentos psicotrópicos, mas todos eles, usando fármacos ou não, envolve os cuidados necessários para o bom funcionamento do corpo e da mente, com destaque para a boa alimentação e a prática de exercícios físicos regulares. 

Adicionalmente, é extremamente relevante o acompanhamento psicoterapêutico em qualquer condição que envolva saúde mental. (Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional) 

Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.     

5 Diferentes abordagens psicoterapêuticas: um pequeno guia para entender melhor a Psicologia

5 Diferentes abordagens psicoterapêuticas: um pequeno guia para entender melhor a Psicologia

Fundamental para tratar sofrimentos psíquicos, a psicoterapia é dividida em diferentes abordagens de tratamento Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.    Já faz um tempo que o bem-estar físico não é o único que conta quando a palavra é saúde. Em uma sociedade muito conectada, com conflitos sociais evidenciados e num cenário profissional e acadêmico exigentes, a saúde mental é pauta frequente, e a psicoterapia surge como um item essencial no acompanhamento do bem-estar psíquico. Mas ao buscar um profissional habilitado, é comum a dúvida sobre quais das abordagens psicoterapêuticas deve ser escolhida.   Psicanálise, gestalt, comportamental, humanista. São muitas as possibilidades e as indicações para cada uma dessas abordagens psicoterapêuticas. Para além do fato de que a terapia ainda é uma novidade para muitos, o excesso de informação – e desinformação – sobre esse tema pode confundir ainda mais quem busca essa forma de tratamento. Para aproximar as pessoas da psicologia, o Setembro Amarelo é uma campanha que estimula a busca por ajuda e conhecimento sobre o tema.  É interessante, no entanto, entender que as mais diversas abordagens psicoterapêuticas surgiram com o mesmo objetivo de tratar o sofrimento psíquico das pessoas, e por isso são amplamente estudadas e defendidas na comunidade dos profissionais de saúde mental. A partir disso, é importante destacar a segurança e efetividade dessas diferentes abordagens.   A psicóloga e docente da UniBRAS Montes Velos, Suzy Souza, argumenta que existem algumas abordagens psicoterapéuticas que são mais indicadas para determinados tipos de diagnósticos e seus acompanhamentos, mas concorda que todas as abordagens têm sua efetividade.   ‘‘Isso vai muito do psicólogo, se aquele profissional atende aquela demanda. Se ele perceber que o paciente necessita de um atendimento diferente, como uma neuroavaliação, por exemplo, irá encaminhar para outro profissional que faça essa avaliação’’, explica.   A docente também alerta para a necessidade de buscar ajuda profissional, e não simplesmente buscar os sintomas na internet. De acordo com Suzy, há muitos casos de autodiagnóstico, pelo mal uso da informação nas redes e buscadores.   Pensando nas eventuais dúvidas e curiosidades sobre as diferentes abordagens psicoterapêuticas disponíveis, e atentos à importância do Setembro Amarelo, reunimos aqui no blog os principais tipos de terapia e suas características.  
  1. Analítica
Nesse tipo de abordagem, o contexto ambiental tem uma dimensão maior sobre o sofrimento psíquico do paciente. Isso porque não basta apenas a consciência humana para entender a personalidade, mas todos os elementos que ela interage.   Também chamada de Junguiana, por ter sido desenvolvida pelo suíço Carl Jung, a psicologia analítica vai além dos estudos do inconsciente do indivíduo, abordando os símbolos e arquétipos em que ele está familiarizado.  
  1. Cognitiva comportamental
Também conhecida como TCC, essa é uma das abordagens psicoterapêuticas mais indicadas pelos médicos psiquiatras. Nela, o paciente expõe diretamente ao psicólogo suas questões, que busca identificar pensamentos e comportamentos disfuncionais, fazendo com que ele possa identificá-los e desenvolver consciência sobre eles.   Nesse sentido, é fundamental que o paciente participe de forma ativa dessa identificação, para que se torne mais realista e prático nas medidas e soluções sobre seus problemas.  Também por esse foco prático, essa abordagem delimita prazos para a solução desses problemas.  
  1. Gestalt
Desenvolvida na década de 40 pelo suíço Fritz Perls, a Gestalt-Terapia é uma das abordagens psicoterapêuticas que tem o foco no agora. De acordo com essa visão, o estado atual do paciente é o mais importante, e o indivíduo deve estar focado em resolver esses conflitos no presente.   Além de conhecer e aceitar suas emoções, potenciais e limitações, a Gestalt busca desenvolver no indivíduo seu potencial criativo na resolução de conflitos e problemas.  
  1.   Behaviorismo
Também chamada de comportamental, essa é uma das abordagens psicoterapêuticas que mais foca no contexto social e externo. Para os comportamentalistas, as pessoas nascem como uma tábula rasa, e, portanto, são moldadas pelas experiências da vida. Logo, mais importante que mergulhar nos processos mentais internos é observar o comportamento dessas pessoas e da sociedade  Seu desenvolvimento se deu na primeira metade do século 20, pelos estudos dos americanos John B. Watson e Frederic Skinner, e do russo Ivan Pavlov. 
  1. Psicanálise
Umas das abordagens psicoterapêuticas mais clássicas e influentes, desenvolvida inicialmente pelo austríaco Sigmund Freud, considerado o “pai da psicanálise”, no final do século 19. Essa abordagem tem um forte foco no inconsciente, na sexualidade e na associação livre, prática em que o paciente é estimulado em falar livremente no consultório, com raras interrupções, enquanto o terapeuta analisa padrões e interpreta esse conteúdo.   Para Freud, a partir da fala se acessava o inconsciente. Além disso, os sonhos também são importantes no processo psicanalítico, já que são uma janela preciosa para esses processos mentais internos.   Dentro da Psicanálise existem algumas correntes que evoluíram de forma mais independente, sendo a mais famosa delas a Lacaniana, desenvolvida pelo psicanalista francês Jacques Lacan, principalmente nos anos 60 e 70.   A psicanálise é considerada muito influente também para fora da Psicologia, com muito reflexos na literatura e cultura mundial. Também influenciou fortemente a Psiquiatria. Além disso, o famoso divã – sofá em que o paciente se acomoda da melhor forma possível para a técnica de associação livre – é um ícone na cultura popular mundial.   Mais que possibilidades  Apesar das já apresentadas abordagens psicoterapêuticas estarem entre as mais populares no Brasil, existem outras várias possibilidades. Entre elas estão a Analista Comportamental, a Humanista, Psicodinâmica, o Psicodrama, entre outros.   No entanto, mais importante que entender essa diversidade de possibilidades das abordagens psicoterapêuticas, é de fato buscar ajuda, independentemente da abordagem. Isso porque os efeitos do processo terapêuticos são sentidos na prática, e levam o tempo adequado para se manifestarem. Além disso, os especialistas têm conhecimento e autoridade no tratamento do sofrimento psíquico, e todas as abordagens são amplamente estudadas e discutidas no meio acadêmico e ambulatorial.   Essa visão é compartilhada pela campanha do Setembro Amarelo, que destaca a urgência em se abordar a dimensão da saúde mental nos aspectos práticos, e principalmente ter a liberdade de se expressar sobre essas questões de forma livre, buscando ajuda quando é necessário.  A docente Suzy Souza destaca que é importante sentir que não está sozinho. De acordo com ela, além de um passo de coragem importante, a psicoterapia também traz alívio e fortalece a jornada.   ‘‘A psicoterapia é um espaço seguro para expressar suas dores e sentimentos, e também é o lugar de encontrar novas formas de lidar com eles, compreender de maneira assertiva suas emoções’’.  Outro aspecto relevante é estar de olho no profissional buscado para o tratamento psicoterapêutico, já que todo psicólogo precisa ter cadastro no Conselho Federal de Psicologia para atuar, e, portanto, ter registro profissional. Essa checagem pode ser feita por meio do site do Cadastro Nacional de Profissionais de Psicologia, seja pelo nome, CPF ou número de registro. (Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional).  Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana
Novo reitor toma posse no Centro Universitário UniBRAS Montes Belos

Novo reitor toma posse no Centro Universitário UniBRAS Montes Belos

A partir desta segunda-feira (09/09), o Centro Universitário UniBRAS Montes Belos tem um novo reitor. O Prof. Me. Jusirmar Alves da Cruz é o novo regente da instituição, que é referência no setor educacional na região na cidade de São Luís de Montes Belos (GO). Com mais de 20 anos de experiência em gestão organizacional, o educador é destaque no Ecossistema Bras Educacional, atuando anteriormente como gestor da UniBRAS Rio Verde.

Graduado em Administração pela Faculdade Metropolitana de Curitiba (Famec), e com mestrado em Administração pela Faculdade Positivo, Jusirmar Alves traz consigo uma sólida experiência em gestão de pessoas, tanto no ramo industrial como no educacional. Hoje professor na graduação e pós-graduação, o educador já tem trajetória como gestor, atuando por mais de três anos na UniBRAS Rio Verde, na qual se destacou pelos bons resultados.

Iniciando sua carreira profissional em 1992, como instrutor de treinamento na empresa Electrolux, Jusirmar tem ênfase em gestão de pessoas, qualidade e produção. É cofundador da empresa Forpraxis Gestão Organizacional, e especialista em resolução de problemas com o método Problem Based Learning (PBL). Optou também pela carreira acadêmica quando percebeu dificuldades na contratação de profissionais recém-formados.

Ao aceitar o novo cargo, Jusirmar Alvez destacou seu legado na UniBRAS Rio Verde, entre acadêmicos e colaboradores, e explicou que nada disso seria possível sem o apoio incondicional da equipe da unidade, e do Ecossistema BRAS Educacional.

“Lutaremos com todas as forças, dia e noite, para o Centro Universitário UniBRAS Montes Belos, com o ser humano como foco principal. Vamos resgatar o brilho nos olhos de cada um de vocês, que são o mover do dia a dia da unidade”, anunciou.

A posse do novo reitor representa um momento importante para o futuro da instituição, que oferece mais de 20 opções de cursos distribuídos entre graduação e pós-graduação, nas modalidades presencial e distância. Além disso, o Centro Universitário possui anos de história e referência em São Luis dos Montes Belos e região.

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