5 fatos históricos retratados em “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles

5 fatos históricos retratados em “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles

Longa protagonizado por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro é importante retrato familiar e nacional dos difíceis anos da ditadura militar

“Nós vamos sorrir sim. Sorriam!”, diz Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres,  juntos a seus cinco filhos, para a matéria de um veículo de imprensa. A matéria  abordava as circuntâncias do desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, engenheiro, ex-deputado e ativista político da resistência à ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985.

Dirigido por Walter Salles, o filme “Ainda Estou Aqui” é o retrato mais fidedigno da rotina da família do ativista após seu desaparecimento. Com foco na família unida e feliz, de classe média alta e moradores da zona sul carioca, o longa retrata, por meio de um  recorte, o drama vivido pela família de desaparecidos políticos e sua luta por esclarecimento e verdade.

Amigo e frequentador da casa dos Paiva na infância, Walter Salles se nutriu das memórias que tinha da família e do livro “Ainda Estou aqui”, de Marcelo Rubens Paiva,  filho do ex-deputado, para contar como Eunice Paiva se converteu numa matriarca forte e irrefreável para criar seu filhos e lutar pelo esclarecimento da morte do marido, apesar do trauma familiar.

Com Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello no elenco principal, o filme  brilha por retratar um outro lado da Ditadura Militar, com as consequências na rotina cotidiana, entre temas afetivos e financeiras, vividas pelas famílias de desaparecidos do regime autoritário.

Se convertendo também em um dos longas de maior bilheteria da história do cinema brasileiro, tanto dentro quanto fora do Brasil, “Ainda Estou Aqui” evoca a memória, verdade e justiça num país que tem um capítulo trágico em sua história recente, e que também tem por padrão o esquecimento e a anistia em situações complexas.

Com uma campanha internacional que conquistou elogios, admiração, sucesso e prêmios inéditos no audiovisual brasileiro, “Ainda Estou Aqui” trouxe para casa a primeira estatueta da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Oscar, pelo prêmio de melhor filme de língua não-inglesa, assim como outras duas indicações – melhor atriz para Fernanda Torres e a inédita indicação de melhor filme.

O filme também é um precioso registro da nossa história como país, e tem um  profundo legado na formação educacional de estudantes brasileiros. O pedagogo e docente da UniBRAS Digital, Rafael Moreira, destaca nosso dever em não fugir da questão da Ditadura Militar, isso como cidadãos e também como educadores, sendo imprescindível uma abordagem correta das instituições de ensino sobre o tema.

“A instituição de ensino deve abordar, de uma forma aberta, a realidade do regime autoritário, ecoando os  aspectos sociais e políticos da época, e trazendo à tona o que realmete foi a ditadura. Não é vender uma outra versão, ou abordar como um momento que já vencemos. É um tema forte, que não se pode fugir como se fosse somente algo do passado”, aponta.

Para o especialista, as instituições de ensino precisam se atentar que filmes como  esse, que trazem um recorte histórico e crítico, não podem apenas serem sucesso  comercial, mas sim complemento de um passado duro e doloroso. “A ditadura trouxe consequências vitalícias, as memórias não se apagam. O passado não foi apagado. Ele é presente, é real, dolorido, e ainda move vidas e famílias na atualidade”.

Pensando no enorme sucesso e importancia de obras dessa magnitude para o audiovisual brasileiro, a memória coletiva e a Educação e formação pedagógica trazidas pelo filme, elencamos 5 fatos históricos retratados em “Ainda Estou Aqui”.

  1. O “boom” da música brasileira nas décadas de 1960/1970

    A campanha de divulgação de “Ainda Estou Aqui” foi embalada pela canção “É preciso dar um jeito, meu amigo”, de Erasmo Carlos. Escrita em 1971, ano do desaparecimento de Rubens Paiva, a música fala sobre a repressão política em que vivia o país e a necessidade de resistência. Mas quase todas as canções da trilha sonora do filme exploram a música brasileira de uma perspectiva temporal e nacionalista.

    Quando a filha mais velha, Veroca (Valentina Herszage), passeia de carro com o namorado e amigos por um Rio de Janeiro idílico, se ouve “Jimmy, Renda-se”, de Tom Zé. Já na reuniãode família e amigos, Rubens (Selton Mello) coloca Juca Chaves com “Take Me Back to Piauí” para tocar, e avisa que a filha, que vai se mudar para o exterior em breve, já vai escutar muita música “gringa” nos próximos tempos.

    Outro momento de destaque é quando os agentes repressivos reviram as coisas de Rubens em sua casa, e se deparam com vários discos de artistas brasileiros considerados “subversivos” pelo regime ditatorial, incluindo Caetano Veloso.

    Todos esses detalhes importatíssimos do filme marcam um dualidade triste do Brasil nos chamados “anos de chumbo”. O país vivia um verdadeiro florescer cultural enquanto os agentes repressivos perseguiam politicamente e sufocavam artistas, inclusive por meio de censura direta.

    Já com forte destaque internacional com a bossa nova no final dos anos 1950, o Brasil era sacudido pela tropicália desde os anos1960, que trazia consigo na música, cinema, teatro e toda a cena artística como um todo uma forte valorização da identidade nacional. Nesse período, o país continuou a exportar excelência cultural e atrair fãs e admiradores em todo o mundo, inclusive influenciando fortemente artistas estrangeiros. 

    2. O Rio de Janeiro era mais “seguro”

    A casa dos Paiva de frente para a praia, na Rua Delfim Moreira, número 80, no Leblon, não tinha muros altos ou cerca elétrica, algo inimaginável para qualquer morador da capital fluminense nos dias de hoje. É que naquele tempo, mesmo apesar da já forte desigualdade social e racial, o Rio de Janeiro não apresentava índices de criminalidade tão elevados como os de hoje.

    O filme retrata uma rotina familiar tranquila, com o mar como protagonista. Nas ruas, o pequeno Marcelo Rubens – autor do livro que deu origem ao filme – jogava futebol na rua com os vizinhos. Esse cenário calmo, conhecido de perto pelo diretor Walter salles, que era amigo da família, proprociona a quem assiste o filme um cenário de paz e  conforto familiar, tragicamente interropido pela prisão de Rubens.

    A inabilidade dos governos federal, estadual e municipal em conter o crescimento do tráfico de drogas rapigonou a realidade carioca para pior. A partir da década de 1970 surgem os primeiros pontos de tráfico de entorpecentes do Rio de Janeiro à Europa, se alimentando das fronteiras sem fiscalização de um país gigante como o Brasil, por onde começaram a circular as drogas e as armas.

    No início da década de 1980 o tráfico já era uma realidade comum na capital, com o maiores agrupamentos altamente armados e conflitos entre facçõe rivais. Com a população pobre e negra isolada nos morros por vários anos de limpeza étnica e higienismo social promovidos pela elite da cidade por meio de seus planejamentos urbanísticos alheios a realidade social, a segurança se desmanchou.

    Também inclui nesse fato a constante negligência sobre o tráfico e a violência urbana crescente por parte dos administradores públicos, inclusive nos 21 anos da ditadura militar, e o crescimento da desiguldade de renda estimulada pelas políticas econômicas questionáveis desses governos militares.  

    3. A inflação era uma realidade cotidiana

      Como uma mulher influente ainda antes da morte do marido, Eunice Paiva (Fernanda Torres) busca em suas economias um valor suficiente pra que sua filha se estabeleça em sua nova residência no Reino Unido. Mas um fato curioso é que as reservas da matriarca já estavam em libras esterlinas, e guardadas na própria residência.

      Fato inimaginável hoje, economizar em moeda estrangeira era a realidade das famílias brasileiras para ter suas reservas resguardadas no contexto de uma inflação elevada. Antes do estabelecimento do plano real, em 1994, o Brasil viveu períodos de forte incerteza monetária, e economizar em moeda local era altamente arriscado, já que os preços mudavam com frequência.

      Na época do filme, a moeda do país era o cruzeiro, que seria utilizado até 1986, quando foi substituído pelo cruzado. No período, a inflação anual rondava os 30%, bem diferente dos aproximados 5% de hoje. No final da década de 1970, os ciclos de expansão monetária empreendidos pelos governos militares, associados a crise do petróleo, levaram o país à hiperinflação.

      Durante as décadas de 1980 e início de 1990, a inflação anual no Brasil ultrapassou os três e depois os quatro dígitos, chegando a quase 5000% em junho de 1994, antes da implementação do real no mês seguinte. Esse golpe inflacionário derrubou o poder de compra das famílias, aumentou a pobreza e a fome, e foi um dos motivos da queda da ditadura militar.

      Nesse cenário inóspito, ter reservas em dólares e libras era essencial para chegar ao final do mês, lembrando que o euro ainda não exisitia nessa época.

      4. A imprensa se dividiu em meio às pressões políticas

      Sem internet, as notícias circulavam mais lentamente, e a dependência dos meios de comunicação hegemônicos era muito forte. Em muitos momentos do filme a imprensa é vista como parceira do regime, com a personagem Eunice citando durante uma entrevista a existência de uma “rede de notícias falsas” que davam suporte ao governo autoritário.

      A verdade é que a maioria esmagadora dos grandes grupos de comunicação do país apoiaram o golpe de 1964, e conservaram uma linha editorial simpática ao regime. A justificativa seria os riscos de uma “invasão vermelha”, em que supostamente grupos de guerrilheiros marxistas tomariam o poder.

      Mas é claro que nem todos os profissionais da imprensa concordaram. Por isso, muitos veículos opositores ao governo vigente foram perseguidos, censurados e obrigados a fecharem suas portas. Era comum também ver notícias censuradas nos jornais, com  receitas de bolo no lugar das matérias.

      Um dos nomes mais lembrandos na perseguição política à jornalistas é Vladimir Herzog, na época diretor de telejornalismo TV Cultura, e professor na escola de comunicação da USP. Em 1975, o jornalista foi preso, torturado e morto depois de se apresentar voluntariamente para prestar esclarecimentos sobre sua ligação com a resistência.

      Essa realidade fragmentada na imprensa é percebida em vários momentos do filme, como quando Eunice questiona seus colegas se não se poderia denunciar o desaparimento do marido nos jornais, recebendo uma negativa, já que os veículos estavam sendo censurados, e que o melhor caminho seria buscar jornais americanos ou franceses para fazer a denúncia.

      5. Os torturadores não foram punidos

      Ao contrário de países vizinhos que passaram por regimes ditatoriais parceiros dos militares brasileiros, como a Argentina, o Chile e o Uruguai, nenhum militar e torturador brasileiro foi punido. Isso porque em 1979 entrou em vigor a Lei da Anistia, instrumento encontrado pelo militares brasileiros, setores sindicais e membros da sociedade civil para trazer um ponto final à situação delicada do país.

      Assinada pelo presidente de fato, João Figueiredo, a lei prevê anistia a todos os crimes políticos cometidos entre 2 de agosto de 196  e 15 de agosto de 1979. Nisso, todos os  torturadores e agenes de crimes antidemocráticos cometidos pelas forças militares não puderam ser punidos.

      A lei não passou despercebida pelos militantes dos direitos humanos, que entenderam a  legislação como uma garantia de impunidade para os criminosos. No entanto, ela teve ampla aceitação popular, já que diversos nichos da sociedade brasileira viam, na época, sua aprovação como uma garantia necessária para o longo caminho da redemocratização do país.

      No fim dos anos 2000, a vizinha a Argentina – que já havia punidos militares de alta patente nos anos 1980 – teve suas leis de anistia revistas e derrubadas pela Suprema Corte do país, abrindo brecha para que mais de mil agentes  da repressão fossem então julgados e condenados, alguns com prisão perpétua. Isso estimulou autoridades brasileiras a buscaram uma revisão da Lei da Anistia brasileira, sem sucesso.

      Enquanto várias entidades, entre elas a OAB, viam a lei como insconstitucional, já que anistiar crimes de tortura e assinatos seria contrário a vários tratados internacionais assinados pelo Brasil, outros se queixavam que retornar ao assunto só levaria a mais  “revanchismo”, e que a lei era uma das bases da nova democracia brasileira. Em 2010, o Superior Tribunal Federal decidiu que a lei não deveria ser revista.

      Para trazer mais esclarecimentos sobre os crimes cometidos durante o período, em 2011 foi instituída a Comissão Nacional da Verdade (CNV), colegiado composto por sete membros auxiliados por vários pesquisadores e historiadores. O objetivo era apurar todas violações de direitos humanos e terrorismo de estado promovidos entre 1946 e 1988.

      O colegiado produziu então um documento com lista contendo ao todo 434 nomes de mortos e desaparecidos vítimas de terrorismo de Estado. Muitos deles não tinham sequer envolvimento com a luta armada, outros nem mesmo participavam da resistência. Foi também a partir da comissão que se pôde esclarecer a morte do ex-deputado Rubens Paiva.

      De acordo com as investigações, Rubens Paiva foi preso e torturado, e morreu entre os dias 20 e 22 de janeiro de 1971, no Destacamento de Operações e Informações (DOI) do I Exército, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Na ocasião do esclarecimento, 5 militares foram responsabilizados pela sua morte. Nenhum deles foi jugado, e três já faleceram. O corpo do ativista e ex-deputado jamas foi enconrrado.

      Atualmente, vários ativistas, juízes e entidades seguem defedendo a revogação da Lei da Anistia. Em dezembro de 2024, o ministro do STF Flávio Dino decidiu que a ocultação de cadáveres não faz parte dos crimes anistiados pela lei, por considerar que sem o esclarecimento, o crime continua em consumação. O entendimento defendido pelo ministro foi emitido em decisão sobre os restos mortais dos integrantes da Guerrilha do Araguaia.

      Em fevereiro de 2025, a atual presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, defendeu a revogação da Lei da Anistia. Enquanto a lei seguir em vigência, os torturadores seguem impunes, com suas patentes militares e recebendo aposentadorias e benefícios. Outros já são falecidos sem a devida responsabilização, muitas vezes com familiares ainda recebendo tais benefícios financeiros. (Texto: Bruno  Corrêa – jornalista da Assessoria de Comunicação do Ecossistema BRAS Educacional)

      4 dicas de leituras para as férias

      4 dicas de leituras para as férias

      Ler também é um ato de descanso, e as férias são uma excelente oportunidade para isso

      Descansar durante o período de férias pode ir muito além de aproveitar o tempo com puro ócio. Longe de ser ruim – recarregar as energias é muito importante, mas colocar a mente para funcionar em outro assunto, de interesse próprio, também pode ser uma maneira eficiente de descansar. Pensando, separamos aqui 4 dicas de leitura para as férias.

      Pode ser de ficção, para fazer a mente viajar. Ou sobre temas relevantes, para desenvolver melhor o pensamento crítico. O fato é que ler também descansa, e traz muitas vantagens. Nossa lista de 4 dicas de leitura para as férias, indicadas por docentes de instituições do Ecossistema BRAS Educacional, aborda temas diferentes, e é um convite para complementar esse precioso tempo antes que as aulas voltem.

      1. “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez

      O clássico do colombiano Gabriel García Márquez é uma das nossas dicas de leitura para as férias. Indicado pelo pedagogo e docente da UniBRAS Digital, Rafael Moreira, o livro é um dos mais lidos e premiados da literatura mundial, sendo o autor agraciado com o prêmio Nobel da Literatura em 1982.

      Publicado inicialmente na Argentina em 1967, Cem Anos de Solidão conta a história de uma família ao longo de seis gerações, todas acompanhadas pela centenária Ursula, e todos habitantes da aldeia fictícia de Macondo. Traduzida em mais de 46 idiomas, a obra ganhou foco recentemente por sua adaptação pra o streaming. É também um dos maiores exemplo do realismo mágico, gênero literário que surgiu na Colômbia.

      Para Rafael, além da obra indicada, é importante que nas férias os alunos encarem a leitura como um exercício constante. “A ideia é que os alunos possam ler, além dos livros literários, também outras leituras que achem interessantes. A leitura traz amplitude, não só de vocabulário, mas também conhecimento de outras temáticas de relevância”, argumenta.

      2. “Como as Democracias Morrem”, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt

      Em momentos turbulentos, refletir sobre a política e a democracia é importante a todos que desejam viver num mundo melhor. Assim, propondo um maior aprofundamento no atual cenário da geopolítica mundial, o pedagogo e docente do Centro Universitário UniFACTHUS, Bruno Inacio indica “Como as Democracias Morrem”.

      Assinado por dois influentes docentes de Harvard, a obra propõe uma abordagem sobre o cenário a partir de estudos da ascensão do Nazifascismo na Europa no início do século XX, é-o desenvolvimento das ditaduras latino-americanas. Seu principal foco é demonstrar que o fim da democracia hoje não acontece por rupturas democráticas imediatas, mas por uma erosão lenta e contínua das instituições.

      3. “A Sombra do Vento”, de Carlos Ruiz Zafón

      Voltando para a ficção, o docente do Centro Universitário UniFACTHUS Roberto Campos, lista “A Sombra do Vento” como uma das dicas de leitura para as férias. O clássico espanhol se passa em Barcelona, na época do pós-guerra, sendo parte da série “O Cemitério dos Livros Esquecidos”, e é uma combinação de mistério, romance e suspense.

      Na obra, o protagonista Daniel encontra uma biblioteca secreta, e se depara com um livro que vai envolvê-lo numa trama de mistérios e intrigas. Para Marcelo, o livro de Zafón é uma excelente opção para uma leitura emocionante, que convida a explorar o poder da literatura e segredos do passado.

      “A escrita de Zafón é rica e envolvente, oferecendo uma excelente opção para quem deseja mergulhar em uma narrativa complexa, com personagens profundos e um ambiente cativante”, conta o professor.

      4. “Fortaleza Digital”, de Dan Brown

      Custa acreditar que um livro sobre um tema tão atual tenha sido lançado em 2004, mas essa obra de Dan Brown – sua estreia como grande escritor – ainda intriga leitores ao falar sobre algoritmos e códigos de difícil acesso.

      Indicado pela bióloga e docente da UniBRAS Juazeiro, Carla Regine França, “Fortaleza digital” conta a historia de Ensei Tankado, ex-funcionário de uma agência estatal de segurança dos EUA que deseja se vingar e cria um código algoritmo de encriptação considerado inquebrável.

      “Indico por ser bastante envolvente, especialmente aos interessado em temas de segurança digital, criptografia e ficção cientifica. Ahistoria é repleta de reviravoltas e suspense, características que prendem a atencao”, explica. (Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)

      5 dicas para lidar com a ansiedade antes das provas

      5 dicas para lidar com a ansiedade antes das provas

      Final de semestre e a perspectiva das férias se aproximando deixa a comunidade acadêmica aliviada. Estudar é importante, mas inegavelmente cansativo. Só que antes do merecido descanso há a temida temporada de avaliações finais, e muitos estudantes acabam se deixando levar por esse nervosismo. Pensando nisso, listamos 5 dicas para lidar com a ansiedade antes das provas.

      Na verdade, grande parte da ansiedade antes das provas pode ser reduzida não acumulando todos os estudos para o período de avaliações. O hábito de estudo espaçado, ou seja, estudar regularmente todo o semestre, revisando os conteúdos nos pós aula, pode ser extremamente útil nesse sentido, além de auxiliar a absorver melhor o aprendizado, não precisando decorar o conteúdo.

      A psicanalista e coordenadora do curso de Psicologia da UniBRAS Quatro Marcos explica as vantagens em não deixar tudo para o final do semestre. “Estudar pouco a pouco ao longo do semestre é mais eficiente do que acumular todo o conteúdo nos dias que antecedem a prova. Essa prática, conhecida como aprendizado espaçado, ajuda a consolidar o conhecimento e reduz o estresse de última hora”, argumenta.

      No sentido de alivio para lidar com ansiedade antes das provas, a psicologa da UniBRAS Montes Belos, Suzy Souza, também alerta que é importante não acumular conteúdos para a semana de provas, nem ter um olhar obsessivo por resultados a qualquer custo.

      “É preciso manter o foco no processo, não apenas no resultado, lembrar que o aprendizado é uma jornada. Essa mentalidade ajuda a aliviar a pressão e reduz a autocrítica excessiva”, explica.

      Pensando nisso, apresentamos aqui 5 dicas para lidar com a ansiedade antes das provas.

      1.Organize um cronograma

      Grande parte da ansiedade antes das provas pode ser resultado de um processo de desorganização. Isso porque o acumulo de matérias para o estudo e a rotina de avaliação podem gerar uma sensação de demandas em excesso. Essa sensação pode facilmente ser aliviada com um cronograma bem organizado de estudos.

      Organizando um cronograma realista, estabalecendo tempo adequado para estudar os conteúdos, seus resultados podem ser mais positivos. Tambem vale utilizar mapas mentais e rascunhos. Alem disso, vale ainda ter em mãos um planner ou aplicativos úteis para gestão de conteúdo e tempo.

      2. Tenha foco no processo

      É óbvio que os bons resultados são importantes, mas eles são serão alcançados se o foco for somente neles, e não nos estudos em si. Manter a atenção no processo do

      estudo pode ajudar que você se concentre no que mais interessa, e que sua ansiedade antes das provas diminua.

      Além disso, é importante entender que aprender não deve ser sinônimo de decorar conteúdo. Se atentar em aprender conceitos e saber explica-los é mais útil nos processos avaliativos do que simplesmente decora-los.

      3. Tenha hábitos saudáveis

      Quem nunca passou por uma experiencia em que estudou de forma excessiva e esqueceu o conteúdo na hora da prova? Esse tipo de ansiedade antes das provas pode gerar o tão formoso “branco”, em que a mente não conseque acessar os conteúdos que de fato interessam.

      Por isso é essencial que, numa rotina de estudos saudável, sejam respeitadas as horas de sono – fundamentais para a boa saúde cognitiva, e também uma alimentação equilibrada, ingestão de água, prática de exercícios físicos e momentos de descanso e lazer.

      4. Utilize técnicas para redução da ansiedade

      A ansiedade antes das provas também pode estar relacionada ao processo que o estudante enfrenta em outras áreas da vida.Por isso, para além de garantir um boa rotina de estudos, é preciso estar atento com a redução da ansiedade em si. Para isso, existem técnicas de relaxamento e mindfullness poderosas.

      O que não falta são aplicativos que auxiliem nesses processo. O importante é buscar aqueles exercícios mais úteis para o seu relaxamento, e praticá-los com reguralidade.

      5. Se preciso, busque ajuda profissional

      Ãs vezes, mesmo com todos os cuidados e rotinas bem estruturadas, o estudante precisa de um “empurrãozinho”. É importante entender que a ansiedade é uma questão de saúde mental comum, e que existe ajuda profissional para solucionar isso.

      É perfeitamente normal precisar de ajuda, e é importante buscá-la sem qualquer sentimento de culpa. Para isso, a psicoterapia, feita com um psicólogo clínico, pode ser um passo importante para desfrutar de melhores resultados tanto nos estudos quanto em outras áreas da vida. (Texto: Bruno Correa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)

      5 sintomas simples do câncer

      5 sintomas simples do câncer

      Pra além de sintomas complexos, doença pode dar sinais corriqueiros, principalmente no início

      Na campanha do Outubro Rosa, o câncer de mama ganha destaque, assim como o autoexame e a mamografia, por ser o câncer mais comum entre mulheres no Brasil. Já no Novembro Azul, o maior destaque é o câncer de próstata. Mas falando sobre câncer no geral, existem outros sintomas simples do câncer que podem afetar qualquer tipo da doença.

      Com a rotina corrida e as exigências infinitas de desempenho, muitos acabam não prestando atenção aos sintomas simples do câncer. Mas estar atento aos sinais do corpo é importante para prevenir uma das doenças que mais matam no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 704 mil casos de câncer por ano no país.

      Entre as mulheres, o câncer de mama é o mais comum, com cerca de 74 mil casos por ano. Já entre os homens o câncer de próstata predomina, com 72 mil casos anuais. Nos dois, o diagnostico precoce aumenta consideravelmente as chances de cura, e os exames preventivos anuais – a mamografia no caso das mulheres e o exame de próstata nos homens – são fundamentais.

      É justamente por essa necessidade de atenção à saúde que as campanha do Outubro Rosa e Novembro Azul focam na necessidade em cuidar de si mesmo. O docente e coordenador do curso de Enfermagem Célio Pereira, alerta para a diferença entre sinais e sintomas do câncer.

      “O sinal é uma manifestação que pode ser vista e checada por outra pessoa, como uma febre, por exemplo. Já o sintoma é algo sentido somente pela pessoa, como a dor”, destaca. O professor explica ainda que esses sintomas podem variam de acordo com o tipo do câncer.

      Mas para além dos cânceres mais comuns, existem alguns sintomas simples do câncer que podem ser comuns a todos ou a maioria das incidências da doença, e que não são destacados no dia-a-dia. Nem de longe esses sintomas significam necessariamente um diagnóstico de câncer, mas são sinais de alerta para buscar um médico.

      1. Cansaço constante

      Parece banal, mas sentir uma sensação de cansaço e fadiga constante pode ser um dos sintomas simples do câncer. Isso acontece porque muitas pessoas com a doença costumam ter diminuição dos glóbulos vermelhos, o que diminui a oxigenação no sangue.

      Sangramentos, anemia e eliminação de sangue pelas fezes faz parte desse déficit dos glóbulos vermelhos no sangue, por isso é importante estar de olho nas fezes. Em casos avançados, é comum que pessoas com câncer tenham cansaço ao acordar, mesmo com uma noite de sono.

      As razões para esse cansaço são diversas, mas principalmente pela alta demandas de calorias que o desenvolvimento de células cancerígenas exige, como também a eliminação de substâncias tóxicas no corpo.

      2. Emagrecimento repentino

      Há quem gostaria de ter uma perda de peso rápida, mas perder massa corporal de forma expressiva sem dieta e intensificação da atividade física é sinal de alerta pra várias condições de saúde, inclusive um dos sintomas simples do câncer.

      Esse emagrecimento tem a ver com as mudanças metabólicas provocadas pelo crescimento constante de células cancerígenas, que demandam uma grande queima de calorias.

      3. Inchaços

      Um dos sintomas simples do câncer pode se manifestar por inchaços em regiões específicas do corpo. Um dos mais comuns é na barriga, que pode ou não acompanhar outros sintomas nos sistemas digestivo e urinário, como alterações nas fezes e urina, e também dor na região.

      Outro ponto comum de inchaço em casos da doença é na região das ínguas, como virilha, axilas e pescoço. Além disso, câncer de mama pode apresentar inchaço na região mamária, assim como nos homens o câncer de testículo provoca inchaço na região.

      4. Manchas

      Aparecer com manchas na pele pode ser encarado com pouca seriedade pela maioria das pessoas, ou mesmo passa desapercebido, mas também pode ser um sintomas simples do câncer.

      No caso do câncer de pele é muito comum que manchas se tornem maiores ou mais escuras, e também apareçam com cicatrizes e sangramento. Porém, manchas escuras, avermelhadas ou amarelas, além de aspecto aspero, coceira e dor nessas manchas, em muitas regiões do corpo, são sinais de alerta.

      5. Dor que não passa

      Embora pareça óbvio, é muito comum que no dia-a-dia se ignore dores, que tendem a ser encaradas como passageiras. Mas ter uma dor constante, que não passa com medicações é um sinal de alerta do corpo para várias condições, incluindo o câncer. (Texto:Bruno Corrêa – Assesoria de Comunicação Ecossistema Bras Educacional)

      Setembro amarelo: 5 pontos de atenção sobre medicamentos psicotrópicos 

      Setembro amarelo: 5 pontos de atenção sobre medicamentos psicotrópicos 

      Antidepressivos e ansiolíticos podem ser fundamentais em tratamentos de desconfortos psíquicos, mas precisam de acompanhamento médico adequado 

      Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.     

      Há quem tenha receio em utilizar medicamentos psicotrópicos para o tratamento de transtornos mentais. A verdade é que toda medicação deve ser utilizada com cuidado e devido acompanhamento médico, e no caso de remédios como ansiolíticos e antidepressivos, essa atenção deve ser ainda maior.  

      No entanto, em muitos casos, o uso de medicamentos psicotrópicos é fundamental no enfrentamento dessas doenças. Isso porque, para muitos, os sintomas podem ser mais fortes, e até severos, e seu tratamento envolve também a psicoterapia, a alimentação adequada, exercícios físicos e mudanças na rotina. Tudo isso, em conjunto, é efetivo, mas leva tempo para fazer efeito.  

      De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 15% dos brasileiros têm transtorno depressivo em algum momento da vida, sendo a prevalência entre mulheres ainda maior, em torno de 20%. Já a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) revela que mais de 18 milhões de brasileiros convivem com transtornos ansiosos, o que converte nosso país num dos mais “ansiosos” do mundo.  

      Nesse sentido, os medicamentos psicotrópicos acabam funcionando como uma “ponte” entre o início do tratamento, em que esses sintomas estão mais fortes, e o momento em que o paciente já consegue lidar com eles sem a necessidade desse auxílio. É a partir disso que se entende a necessidade e importância dessas medicações, responsáveis por salvar milhares de vidas por ano. 

      Mas apesar de existirem pessoas que tem resistências aos medicamentos psicotrópicos, há outras que fazem o uso de maneira indevida, sem qualquer acompanhamento. Esse comportamento é de alto risco para a saúde, tanto a mental quanto a física, já que sem o devido conhecimento médico o uso dessas substâncias tem uma série de consequências.  

      A psicanalista e docente do Centro Universitário UniBRAS Montes Belos, Carolina Almeida, explica que é de extrema importância o cuidado com esses fármacos, e que em casos mais agudos em que há a necessidade do uso de medicamentos psicotrópicos, é necessário um trabalho conjunto do psiquiatra e do psicólogo. Aqui no blog já falamos sobre os tipos mais comuns de psicoterapia e suas abordagens sobre os sofrimentos psíquicos. 

      “Há casos em que uma pessoa não tem pensamento suicidas, mas tem uma vontade de ‘deixar de existir’, e o medicamento pode ser perigoso nesse momento. Por isso a medicação é importante em casos mais agudos, mas é necessário o acompanhamento adequado para que essa pessoa não se perca no uso do fármaco”, argumenta. 

      A docente cita casos em que o uso dos medicamentos psicotrópicos é feito em altas doses para que se alcance efeitos sedativos, ou mesmo em momentos de crise para atenuar os sintomas, e esse uso indiscriminado pode provocar sérios danos à saúde. Ela também entende que nem todos os casos há a necessidade de medicação, já que certos desconfortos psíquicos são naturais em determinados momentos da vida. 

      “Em alguns casos como o fim de um relacionamento, ou uma crise existencial, somente um acompanhamento psicológico pode ser efetivo. E com o uso indiscriminado desses fármacos, a pessoa pode neutralizar esses sentimentos ruins a ponto de deixar de tomar decisões importantes na vida”. 

      Aproveitando as celebrações do Setembro Amarelo, e entendendo que, dentro da comunidade acadêmico, há uma relevância especial quando se fala em saúde mental, separamos abaixo 5 pontos sobre o uso de medicamentos psicotrópicos.  

      1. Acompanhamento médico 

      É imprescindível, antes de se fazer o uso de medicamentos psicotrópicos, uma visita à um médico psiquiatra. Esse é o profissional habilitado para atender, compreender, diagnosticar, receitar e acompanhar pessoas com questões de saúde mental. 

      Além de ter o devido conhecimento das condições que podem afetar os pacientes, o médico psiquiatra também sabe diferenciar os sintomas, que podem ser confusos. Também é altamente recomendada a realização de exames, como o hemograma ou o encaminhamento com outros especialistas, como o neurologista.  

      Isso porque muitas vezes as doenças mentais podem ser desencadeadas por questões fisiológicas, como desequilíbrio hormonal, por exemplo, embora esse não seja o cenário em todos os casos. 

      1. Entender como funciona a medicação 

      É do senso comum entre muitas pessoas que um antidepressivo existe para tratar a depressão. Isso não é totalmente falso, mas não compreende todos os usos dessa medicação, já que antidepressivos variados podem ser utilizados parar tratarem casos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo, entre outros quadros.  

      Por isso é importante entender, junto ao médico, como funcionam esses medicamentos psicotrópicos, e os objetivos que devem ser alcançadas com eles. Além disso, essas medicações podem apresentar efeitos-colaterais importantes, e ter conhecimento deles ajuda a driblá-los melhor.  

      É relevante também estar de olho em eventuais interações medicamentosas. Por isso, o médico sempre deve ter conhecimento de todos os medicamentos utilizados pelo paciente, que também deve estar atento ao utilizar novas medicações.  

      1. Fazer o uso correto desse medicamento 

      No tratamento de condições mentais, alguns detalhes rigorosos podem fazer grande diferença nos resultados apresentados. O primeiro deles é fazer o uso dos medicamentos psicotrópicos de maneira correta, ou seja, diariamente, em horários e doses recomendadas. Isso é extremamente relevante para entender a efetividade dessas medicações. 

      Outro ponto de atenção é não exceder a dose dessas medicações, já que muitas delas, quando utilizadas de maneira inadequada, podem causar dependências física e psicológica.  

      Além disso, não se deve parar de tomar esses remédios abruptamente e por contra própria, já que muitas delas apresentam sintomas severos na retirada. Somente o médico é quem sabe o tempo e a maneira adequada em retirar essa medicação. Em alguns casos, esses remédios inclusive têm seu uso recomendado permanentemente. 

      1. Estar atento a eventuais reações 

      Medicamentos psicotrópicos podem apresentar reações muito diferentes de uma pessoa para outra. É por isso que é preciso estar atento ao que se sente, mental e fisicamente. A partir do devido uso e acompanhamento, é possível saber quando essa medicação não está adequada. 

      Em casos de eventual rejeição, não há necessidade de preocupação. O médico fará a retirada ou adaptação de dose do medicamento, assim como a introdução de outros fármacos, se necessário. Para além disso, muitas condições permitem vários tipos de intervenções medicamentosas diferentes.  

      1. Cuidar de todo o resto do tratamento 

      Nem todos os tipos de tratamento para saúde mental envolvem o uso de medicamentos psicotrópicos, mas todos eles, usando fármacos ou não, envolve os cuidados necessários para o bom funcionamento do corpo e da mente, com destaque para a boa alimentação e a prática de exercícios físicos regulares. 

      Adicionalmente, é extremamente relevante o acompanhamento psicoterapêutico em qualquer condição que envolva saúde mental. (Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional) 

      Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.     

      5 Diferentes abordagens psicoterapêuticas: um pequeno guia para entender melhor a Psicologia

      5 Diferentes abordagens psicoterapêuticas: um pequeno guia para entender melhor a Psicologia

      Fundamental para tratar sofrimentos psíquicos, a psicoterapia é dividida em diferentes abordagens de tratamento Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.    Já faz um tempo que o bem-estar físico não é o único que conta quando a palavra é saúde. Em uma sociedade muito conectada, com conflitos sociais evidenciados e num cenário profissional e acadêmico exigentes, a saúde mental é pauta frequente, e a psicoterapia surge como um item essencial no acompanhamento do bem-estar psíquico. Mas ao buscar um profissional habilitado, é comum a dúvida sobre quais das abordagens psicoterapêuticas deve ser escolhida.   Psicanálise, gestalt, comportamental, humanista. São muitas as possibilidades e as indicações para cada uma dessas abordagens psicoterapêuticas. Para além do fato de que a terapia ainda é uma novidade para muitos, o excesso de informação – e desinformação – sobre esse tema pode confundir ainda mais quem busca essa forma de tratamento. Para aproximar as pessoas da psicologia, o Setembro Amarelo é uma campanha que estimula a busca por ajuda e conhecimento sobre o tema.  É interessante, no entanto, entender que as mais diversas abordagens psicoterapêuticas surgiram com o mesmo objetivo de tratar o sofrimento psíquico das pessoas, e por isso são amplamente estudadas e defendidas na comunidade dos profissionais de saúde mental. A partir disso, é importante destacar a segurança e efetividade dessas diferentes abordagens.   A psicóloga e docente da UniBRAS Montes Velos, Suzy Souza, argumenta que existem algumas abordagens psicoterapéuticas que são mais indicadas para determinados tipos de diagnósticos e seus acompanhamentos, mas concorda que todas as abordagens têm sua efetividade.   ‘‘Isso vai muito do psicólogo, se aquele profissional atende aquela demanda. Se ele perceber que o paciente necessita de um atendimento diferente, como uma neuroavaliação, por exemplo, irá encaminhar para outro profissional que faça essa avaliação’’, explica.   A docente também alerta para a necessidade de buscar ajuda profissional, e não simplesmente buscar os sintomas na internet. De acordo com Suzy, há muitos casos de autodiagnóstico, pelo mal uso da informação nas redes e buscadores.   Pensando nas eventuais dúvidas e curiosidades sobre as diferentes abordagens psicoterapêuticas disponíveis, e atentos à importância do Setembro Amarelo, reunimos aqui no blog os principais tipos de terapia e suas características.  
      1. Analítica
      Nesse tipo de abordagem, o contexto ambiental tem uma dimensão maior sobre o sofrimento psíquico do paciente. Isso porque não basta apenas a consciência humana para entender a personalidade, mas todos os elementos que ela interage.   Também chamada de Junguiana, por ter sido desenvolvida pelo suíço Carl Jung, a psicologia analítica vai além dos estudos do inconsciente do indivíduo, abordando os símbolos e arquétipos em que ele está familiarizado.  
      1. Cognitiva comportamental
      Também conhecida como TCC, essa é uma das abordagens psicoterapêuticas mais indicadas pelos médicos psiquiatras. Nela, o paciente expõe diretamente ao psicólogo suas questões, que busca identificar pensamentos e comportamentos disfuncionais, fazendo com que ele possa identificá-los e desenvolver consciência sobre eles.   Nesse sentido, é fundamental que o paciente participe de forma ativa dessa identificação, para que se torne mais realista e prático nas medidas e soluções sobre seus problemas.  Também por esse foco prático, essa abordagem delimita prazos para a solução desses problemas.  
      1. Gestalt
      Desenvolvida na década de 40 pelo suíço Fritz Perls, a Gestalt-Terapia é uma das abordagens psicoterapêuticas que tem o foco no agora. De acordo com essa visão, o estado atual do paciente é o mais importante, e o indivíduo deve estar focado em resolver esses conflitos no presente.   Além de conhecer e aceitar suas emoções, potenciais e limitações, a Gestalt busca desenvolver no indivíduo seu potencial criativo na resolução de conflitos e problemas.  
      1.   Behaviorismo
      Também chamada de comportamental, essa é uma das abordagens psicoterapêuticas que mais foca no contexto social e externo. Para os comportamentalistas, as pessoas nascem como uma tábula rasa, e, portanto, são moldadas pelas experiências da vida. Logo, mais importante que mergulhar nos processos mentais internos é observar o comportamento dessas pessoas e da sociedade  Seu desenvolvimento se deu na primeira metade do século 20, pelos estudos dos americanos John B. Watson e Frederic Skinner, e do russo Ivan Pavlov. 
      1. Psicanálise
      Umas das abordagens psicoterapêuticas mais clássicas e influentes, desenvolvida inicialmente pelo austríaco Sigmund Freud, considerado o “pai da psicanálise”, no final do século 19. Essa abordagem tem um forte foco no inconsciente, na sexualidade e na associação livre, prática em que o paciente é estimulado em falar livremente no consultório, com raras interrupções, enquanto o terapeuta analisa padrões e interpreta esse conteúdo.   Para Freud, a partir da fala se acessava o inconsciente. Além disso, os sonhos também são importantes no processo psicanalítico, já que são uma janela preciosa para esses processos mentais internos.   Dentro da Psicanálise existem algumas correntes que evoluíram de forma mais independente, sendo a mais famosa delas a Lacaniana, desenvolvida pelo psicanalista francês Jacques Lacan, principalmente nos anos 60 e 70.   A psicanálise é considerada muito influente também para fora da Psicologia, com muito reflexos na literatura e cultura mundial. Também influenciou fortemente a Psiquiatria. Além disso, o famoso divã – sofá em que o paciente se acomoda da melhor forma possível para a técnica de associação livre – é um ícone na cultura popular mundial.   Mais que possibilidades  Apesar das já apresentadas abordagens psicoterapêuticas estarem entre as mais populares no Brasil, existem outras várias possibilidades. Entre elas estão a Analista Comportamental, a Humanista, Psicodinâmica, o Psicodrama, entre outros.   No entanto, mais importante que entender essa diversidade de possibilidades das abordagens psicoterapêuticas, é de fato buscar ajuda, independentemente da abordagem. Isso porque os efeitos do processo terapêuticos são sentidos na prática, e levam o tempo adequado para se manifestarem. Além disso, os especialistas têm conhecimento e autoridade no tratamento do sofrimento psíquico, e todas as abordagens são amplamente estudadas e discutidas no meio acadêmico e ambulatorial.   Essa visão é compartilhada pela campanha do Setembro Amarelo, que destaca a urgência em se abordar a dimensão da saúde mental nos aspectos práticos, e principalmente ter a liberdade de se expressar sobre essas questões de forma livre, buscando ajuda quando é necessário.  A docente Suzy Souza destaca que é importante sentir que não está sozinho. De acordo com ela, além de um passo de coragem importante, a psicoterapia também traz alívio e fortalece a jornada.   ‘‘A psicoterapia é um espaço seguro para expressar suas dores e sentimentos, e também é o lugar de encontrar novas formas de lidar com eles, compreender de maneira assertiva suas emoções’’.  Outro aspecto relevante é estar de olho no profissional buscado para o tratamento psicoterapêutico, já que todo psicólogo precisa ter cadastro no Conselho Federal de Psicologia para atuar, e, portanto, ter registro profissional. Essa checagem pode ser feita por meio do site do Cadastro Nacional de Profissionais de Psicologia, seja pelo nome, CPF ou número de registro. (Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional).  Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana

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