Uma das principais vantagens de ingressar em uma graduação é ter a oportunidade de aprender com profissionais experientes e qualificados em suas respectivas áreas. Os professores desempenham um papel fundamental no desenvolvimento acadêmico dos estudantes, fornecendo conhecimento, orientação e insights práticos.
Neste artigo, discutiremos a importância de aprender com os melhores professores da área em nossa graduação e como essa interação pode enriquecer a experiência educacional dos estudantes.
Experiência e conhecimento especializado: os melhores professores da área trazem consigo uma vasta experiência e conhecimento especializado em seus campos de atuação. Eles têm um profundo entendimento dos conceitos e das práticas atualizadas em suas respectivas disciplinas. Ao aprender com eles, os estudantes têm acesso a informações de qualidade e podem explorar questões complexas em profundidade, desenvolvendo uma compreensão abrangente do assunto.
Insights práticos e estudos de caso: além do conhecimento teórico, os melhores professores da área trazem consigo insights práticos valiosos. Com base em suas experiências profissionais, eles podem compartilhar casos reais, exemplos relevantes e desafios enfrentados no campo de atuação. Essa perspectiva prática ajuda os estudantes a conectar teoria e aplicação, preparando-os para os desafios do mundo real e fornecendo uma visão abrangente da indústria.
Networking e oportunidades profissionais: os professores experientes muitas vezes têm uma rede extensa de contatos profissionais em suas áreas. Através de sua orientação e conexões, eles podem fornecer oportunidades valiosas de networking e estabelecer conexões com profissionais e organizações relevantes. Essa interação pode abrir portas para estágios, projetos de pesquisa, bolsas de estudo e até mesmo oportunidades de emprego após a formatura.
Mentoria e apoio acadêmico: os melhores professores da área não são apenas fontes de conhecimento, mas também mentores e guias para os estudantes. Eles estão disponíveis para responder a perguntas, fornecer orientação e oferecer suporte acadêmico. Através de discussões em sala de aula, orientações individuais e feedback construtivo, os professores podem ajudar os estudantes a desenvolver habilidades essenciais, superar desafios e alcançar seu pleno potencial acadêmico.
Inspiração e motivação: aprender com os melhores professores da área pode ser inspirador e motivador para os estudantes. A paixão e o entusiasmo demonstrados pelos professores podem despertar um interesse mais profundo pelo assunto, estimulando a curiosidade intelectual e a busca por conhecimento. Essa inspiração pode levar os estudantes a explorar oportunidades de pesquisa, projetos inovadores e a se destacar em sua área de estudo.
Aprender com os melhores professores da área durante a graduação é uma oportunidade valiosa que os estudantes devem aproveitar ao máximo. Com seu conhecimento especializado, insights práticos, mentoria e apoio, esses professores desempenham um papel fundamental no desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. Eles proporcionam uma educação de qualidade, conectando teoria e prática, além de abrir portas para oportunidades de networking e crescimento profissional.
Portanto, ao escolher uma instituição de ensino superior, é importante considerar a reputação e a qualificação dos professores em suas respectivas áreas. Aproveite a chance de aprender com os melhores e absorva todo o conhecimento e experiência que eles têm a oferecer aqui em nossa IES.
Essa interação irá enriquecer sua jornada acadêmica, preparando-o para um futuro de sucesso em sua carreira escolhida. Portanto, aprenda com os melhores professores da área em nossa graduação e abra caminho para uma educação excepcional e um futuro promissor.
Ingressar na faculdade é um momento emocionante e desafiador na vida de qualquer estudante. Durante esse período, é natural ter objetivos ambiciosos em mente, como obter boas notas, adquirir conhecimento relevante e construir uma base sólida para uma carreira de sucesso.
No entanto, alcançar esses objetivos requer mais do que apenas frequentar as aulas e estudar ocasionalmente. Neste artigo, discutiremos a importância da excelência na faculdade para alcançar seus objetivos e como você pode desenvolver essa faculdade de excelência para ter sucesso acadêmico e pessoal.
Compreenda seus objetivos: antes de começar qualquer jornada, é fundamental ter uma compreensão clara dos seus objetivos. Pergunte a si mesmo o que você espera alcançar na faculdade. Isso pode incluir conquistar boas notas, participar de atividades extracurriculares relevantes, fazer networking com profissionais da área e adquirir habilidades específicas. Ter metas claras ajudará a direcionar seus esforços e mantê-lo motivado durante toda a jornada acadêmica.
Adote uma mentalidade de excelência: a excelência não é apenas sobre resultados finais, mas também sobre a busca contínua pela melhoria. Adote uma mentalidade de excelência, que envolve o compromisso de dar o melhor de si em todas as tarefas e desafios que surgirem durante a faculdade. Isso significa ser disciplinado, dedicado e persistente em seus estudos e atividades acadêmicas.
Desenvolva habilidades de autogestão: a faculdade exige um alto nível de autogestão, pois você será responsável por administrar seu tempo, estabelecer prioridades e cumprir prazos. Aprenda a criar um cronograma de estudos eficiente, estabelecer metas semanais e diárias, e identificar seus pontos fortes e fracos. Gerenciar seu tempo de forma eficaz permitirá que você dedique tempo suficiente para estudar, revisar e participar de outras atividades importantes.
Busque o aprendizado contínuo: a excelência acadêmica está intimamente ligada ao aprendizado contínuo. Esteja aberto a novas ideias, perspectivas e desafios. Além das aulas regulares, busque oportunidades de aprendizado adicionais, como workshops, palestras, grupos de estudo e projetos de pesquisa. Essas atividades ajudarão a expandir seu conhecimento e a desenvolver habilidades essenciais para a sua área de estudo.
Construa relacionamentos significativos: a faculdade não é apenas sobre estudos; também é uma oportunidade para construir relacionamentos significativos. Estabeleça conexões com colegas de classe, professores e profissionais da área. Participar de grupos estudantis, eventos acadêmicos e estágios pode ajudar você a criar uma rede de contatos valiosa e obter insights práticos sobre sua futura carreira.
A excelência acadêmica é um ingrediente essencial para alcançar seus objetivos na faculdade. Ao compreender seus objetivos, adotar uma mentalidade de excelência, desenvolver habilidades de autogestão, buscar o aprendizado contínuo e construir relacionamentos significativos, você estará no caminho certo para alcançar o sucesso acadêmico e pessoal.
Lembre-se de que a jornada universitária é uma oportunidade de crescimento e aprendizado, e a excelência não se trata apenas de notas, mas também de desenvolvimento de habilidades, conhecimentos e experiências que o prepararão para um futuro promissor. Portanto, comprometa-se com a excelência em todos os aspectos da sua vida universitária e aproveite ao máximo essa fase emocionante da sua vida.
Sua faculdade de excelência para alcançar seus objetivos está ao seu alcance – é só você abraçá-la e aproveitar todas as oportunidades que surgirem.
Embora a evolução dos tratamentos hoje permita aos HIV positivos uma vida normal e sem riscos, sorofobia ainda é marcante na sociedade
Na década de 1980 o mundo se viu diante do risco de um vírus desconhecido, do qual não se tinha muita informação, com grande número de infecções em populações na época marginalizadas, e sem nenhum sinal de cura. Quem era diagnosticado com ele tinha uma sentença de morte, mais cedo ou mais tarde. Com milhões de pessoas infectadas e mortas – muitas vezes em situação degradante – e protestos de movimentos sociais e da sociedade civil, os governos se viram obrigados a reagir, mas o preconceito e o conservadorismo distanciavam a população da prevenção e tratamentos.
Hoje esse vírus não foi erradicado, e ainda não há cura para ele. Infectando quase 40 milhões de pessoas no mundo, ele ainda é responsável por centenas de milhares de mortes anualmente. No entanto, há tratamentos altamente eficazes que não só oferecem melhora na qualidade de vida das pessoas diagnosticadas, como quando respeitado com rigor afasta a possibilidade de piora e morte. Pessoas que vivem com o vírus podem ter uma vida normal, com uma rotina digna, correr atrás dos seus sonhos e amar quem desejam amar. Infelizmente, apesar do avanço, o preconceito e o conservadorismo perduram, e a sociedade ainda não se reconciliou totalmente com quem vive com o HIV.
Ter HIV em 2022 não significa mais abrir mão de uma boa vida. Com tratamento e acompanhamento disponíveis pelo SUS, pessoas soropositivas vivem hoje com níveis baixíssimos do vírus, muitas vezes indetectável. As medicações disponíveis gratuitamente são altamente eficientes e não apresentam efeitos colaterais significativos. Com o HIV indetectável, pessoas soropositivas também podem ser intransmissíveis, terem vida sexual ativa – com todos os cuidados preventivos – e terem relacionamentos estáveis com pessoas soronegativas. Casais com pessoas com HIV ou sorodiscordantes podem hoje ter filhos soronegativos.
No entanto, de acordo com o Índice de Estigma em relação às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS – Brasil, 64,1% dos brasileiros soropositivos já sofreram algum tipo de preconceito por conta de sua condição sorológica. Esses resultados não são diferentes em locais tradicionalmente mais progressistas. Uma pesquisa realizada pela ONG britânica Terrence Higgins Trust identificou que no Reino Unido cerca de 74% das pessoas que vivem com HIV no país já sofreram ao menos alguma situação de preconceito, e cerca de 86% acreditam que a maioria da população não sabe a diferença entre HIV e AIDS.
Vivendo com o HIV
Algo que há 3 ou 4 décadas atrás era inimaginável, hoje é uma realidade possível. Enquanto os mais diversos estudos sobre o HIV ainda não conseguiram encontrar a cura, outras pesquisas focaram em melhorar a qualidade de vida das pessoas infectadas, e alcançaram esse objetivo com bastante sucesso.
Tudo começa com um teste. Rápido, fácil e acessível gratuitamente pelo SUS. Também há modelos disponíveis em farmácias em todo o país. Após isso, caso seja confirmado o diagnóstico, a pessoa terá todo o apoio também pelo Sistema Único de Saúde, incluindo o acompanhamento psicológico. Recebendo a devida medicação, a pessoa soropositiva terá acompanhamento constante de sua saúde com exames, e o objetivo será fazer com que a carga viral seja indetectável, fazendo com que se torne intransmissível e também evite um evolução para a AIDS, que é quando a carga viral é alta e as complicações comprometem o sistema imunológico, podendo levar a morte.
Até aqui há dois destaques: existe uma grande diferença entre ter o HIV e ter AIDS. Quando há o devido diagnóstico e acompanhamento, a pessoa dificilmente terá complicações passíveis para um quadro de AIDS. Outro ponto é que nada disso é possível sem o devido diagnóstico, de preferência sem ter evoluído ainda para um quadro de AIDS, por isso a importância de se testar frequentemente.
A partir do diagnóstico e tratamento, fazendo o devido acompanhamento e cumprindo os cuidados médicos com rigor, a pessoa soropositiva tem plenas condições de viver com qualidade de vida como qualquer outra pessoa soronegativa. Nesse sentido, é importante também ter o apoio da família e amigos, e o devido acompanhamento psicológico para enfrentar possíveis adversidades e preconceitos.
É compreendendo que uma pessoa soropositiva tem hoje condições de viver com bem-estar e que não apresenta riscos de transmissão, é que se faz necessário reforçar a importância do apoio a essas pessoas, e que a sorofobia é completamente injustificada e pode gerar graves prejuízos às pessoas vivendo com HIV.
O estigma
Se do ponto de vista médico, o HIV, quando bem tratado, não apresenta riscos, o estigma do vírus atrapalha muito a vida de quem vive nessa situação sorológica. De acordo com o Índice de Estigma em relação às Pessoas Vivendo com HIV/AIDS – Brasil, cerca de 46,3% das pessoas com HIV no país dizem já terem sido afetadas por comentários discriminatórios ou especulativos, sendo que para 41% delas esses comentários vieram de dentro da família.
A pesquisa também aponta que 25,3% delas dizem ter sido alvo de assédio verbal, e 19,6% já perderam renda ou emprego por serem soropositivas. Exatamente por esse estigma, para 81% dos entrevistados ainda é muito difícil revelar seu estado sorológico, e 80,4% revela que só se abre quanto à condição com parceiros fixos.
Todo preconceito é, por definição, algo injustificável. Mas a sorofobia tida contra os portadores do HIV não faz sentido nem do ponto de vista médico, já que a transmissão do vírus não acontece por meio de convívio social, e a maioria dos portadores hoje não são capazes de transmitir o vírus.
É notório pelos ativistas da causa que grande parte desse estigma é herança do pânico moral causado pela doença nos anos 1980 e 1990, reforçados por campanhas de prevenção com temáticas alarmistas e trágicas, sem se importarem com os portadores da doença. Por ter se espalhado, de início, em populacoes marginalizadas, como a comunidade LGBTQIAP+, negros e dependentes químicos, a doença ganhou um ar de castigo, como se fosse uma de espécie de punição divina para aqueles que não faziam parte da nata da sociedade.
O preconceito era tão extremo que, com poucas informações e movidos pelo medo e a discriminação, profissionais de saúde se negavam a tratar pessoas com AIDS, isolando-as em alas separadas nos hospitais, negando cuidado básicos e até mesmo deixando alimentos no chão ou para serem buscados do lado de fora das alas.
Outra questão que também influenciou na estigmatização da doença diz respeito exatamente a ser uma doença sexualmente transmissível, que apareceu no meio de uma revolução sexual condenada por grupos religiosos e setores conservadores da sociedade. Pegando carona no estigma de uma doença tão dificil, grupos conservadores também se viraram contra a comunidade LGBTQIAP+ e profissionais do sexo, elevando o caráter discriminatório da sociedade contra esses setores da população.
Aos poucos, os ativistas conseguiram reverter parte dessa história, conseguindo importantes passos como investimentos pesados em pesquisa, políticas públicas de prevenção e combate à doença e campanhas menos estigmatizadas. Porém, o medo que se criou em torno do HIV ainda persiste na sociedade, prejudicando a prevenção e tratamento.
É relevante entender que, assim como outras condições médicas, o preconceito não colabora em nada para o quadro de quem convive com a doença. O medo deve sempre dar lugar a informação, o cuidado e apoio. Além disso, é importante lembrar que os soropositivos são pessoas que merecem viver felizes, com integridade física e psicológica.
Como qualquer assunto relacionado à saúde, deve-se lembrar também que essa é uma questão que deve sempre ser levantada quando a pessoa deseja, e que comentários e insultos podem prejudicar a saúde mental dessas pessoas.
A partir dessas reflexões e informações, é possível contribuir para que a vida desse grupo seja melhor, e que o vírus não limite sua integração social.
Prevenção ainda é a melhor escolha
Se viver com HIV não é mais uma sentença de morte, não se infectar ainda é a melhor opção. Por isso, é necessário sempre estar atento aos métodos de prevenção, como uso de preservativos, não compartilhar agulhas ou outros objetos cortantes, e se testar frequentemente. Hoje também existe a profilaxia pré-exposição (PrEP), conjunto de medicações que podem evitar ao máximo o contágio pelo vírus, e inclusive pode ser distribuído gratuitamente pelo SUS dependendo do grupo social ou região do país.
O SUS também tem hoje um protocolo para pessoas que foram expostas a relações sexuais desprotegidas, incluindo vitimas de violencia sexual, com a distribuição da profilaxia pós-exposição (PEP). Vale lembrar que é preciso, para isso, procurar urgentemente os profissionais de saúde. Quanto mais rápido se inicia a medicação, menor a possibilidade de se infectar com o vírus.
Desde o início da epidemia, o HIV já matou aproximadamente 35 milhões de pessoas. Das 38 milhões de pessoas que vivem com HIV hoje, cerca de 6 milhões não sabem que estão infectadas. É tendo foco na prevenção, testagem, tratamento e educação sobre o vírus que poderemos vencer a luta contra o patógeno, revertendo a epidemia.
Esse trabalho de prevenção é acompanhado de perto pela enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem da UniBRASÍLIA, Isla Cherlla da Silva Brito. De acordo com ela, na população jovem da cidade de São Sebastião (DF), onde atua, há muitos casos de Sífilis. Assim, nas ações sociais realizadas com alunos do curso, o foco maior é na realização de testes rápidos de Sífilis, Hepatite e HIV. Em caso de resultado positivo, os pacientes são encaminhados para uma unidade básica de saúde específica.
Para a docente, com o crescimento do contágio das doenças sexualmente transmissíveis, especialmente entre as pessoas mais jovens, investir em ações de prevenção e diagnósticos é fundamental. Como professora, ela também vê a participação dos alunos em eventos dessa natureza como de grande importância.
“Inserir o aluno nessas campanhas, é fundamental para dispersar o pensamento crítico, para alinhar conteúdos ministrados em sala com a prática, e isso é maravilhoso”, argumenta.
Um dos diversos segmentos que podem se beneficiar do desenvolvimento e uso difundido do metaverso é o da educação. Com a pandemia, o setor passou por uma verdadeira transformação em seus métodos e processos, migrando para o EaD e fazendo com que a modalidade crescesse de forma significativa.
Além de trazer novas e diferentes vivências e oportunidades de aprendizados para os estudantes, o metaverso poderá “corrigir” os obstáculos ainda existentes no ensino à distância, como a barreira criada pelas telas e o distanciamento com os colegas e professores, além de combinar o melhor dos dois mundos em um único modelo.
Mesmo diante desses insights, há ainda um longo caminho a ser traçado em busca da implementação do metaverso com todas as funções, acessórios e possibilidades que estamos criando no imaginário coletivo. Porém, a cada dia que passa estamos mais perto de vivenciá-lo e torná-lo parte da nossa realidade. O que resta é aguardar por todas essas transformações, que certamente serão disruptivas, mas que têm o potencial de agregar diversos aprendizados e mudar significativamente a forma como nos relacionamos e existimos nesse mundo.
Seja em áreas como educacional, profissional ou política, participação feminina ainda tem expressão minoritária no balanço dos poderes.
Se do ponto de vista demográfico as mulheres formam a maioria, essa não é a realidade em todos os nichos da sociedade. Quando analisamos melhor os dados sobre a presença das mulheres em alguns espaços, percebemos grandes vazios femininos. Essas lacunas são especialmente mais perceptíveis em espaços de maior poder e prestígio. É para preencher esses espaços que a luta pela equidade passa por dar às mulheres a representatividade que elas precisam, e com ela a liberdade e autonomia que as tornam de fato cidadãs.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio Contínua (PNAD) de 2019, as mulheres formam 51,8% da população brasileira. No entanto, de acordo com estudo da FGV, em 2021, a taxa de ocupação feminina no mercado de trabalho era cerca de 20% inferior que a masculina. O mesmo acontece no espectro político: enquanto as mulheres brasileiras formam cerca 53% do eleitorado no pleito de 2022, elas representam somente 33% dos candidatos.
Sem a devida representatividade nos espaços da vida pública, elas acabam sendo colocadas em segundo plano. E as consequências disso são o ciclo de desigualdades, violência e injustiças sociais que as mulheres estão sujeitas em uma sociedade patriarcal.
Luta pela educação
Não é novidade que a educação é uma das ferramentas mais eficazes de ascensão social. No caso das mulheres, o acesso a ela não foi fácil. Isso porque, no Brasil colônia, com forte influência católica, as mulheres não tinham espaço nas escolas e universidades. Elas só puderam frequentar a escola em 1827, em instituições exclusivamente femininas e com currículo voltado para a “educação doméstica”.
O direito a frequentar as instituições superiores só veio em 1879, e as mulheres necessitavam de autorização dos pais ou maridos. A partir dessa década as mulheres também conquistaram o direito de lecionar, e acabaram se tornando maioria dos professores do ensino básico já no início do século XX, como permanecem até hoje.
Hoje as mulheres são maioria na educação, sendo essa virada verificada na década de 1990. No ensino superior a disparidade é ainda maior: em 2020, quase 668 mil mulheres concluíram uma graduação no ensino superior no país, contra cerca de 260 mil homens, de acordo com o Ministério da Educação.
No entanto, os espaços de poder continuam a ser majoritariamente masculinos. Enquanto elas são maioria dos estudantes em todos os níveis e maioria dos educadores na educação básica, no ensino superior as docentes formam somente 46,8%, aponta o IBGE. Mas é importante entender que as mulheres estão em tendência de crescimento nesse nicho também.
Na UniBRAS Pará, em Ourilândia (PA), a maioria feminina já é uma realidade em todos os nichos. De acordo com levantamento feito pelo diretor da instituição, o professor Patrick Bezerra, as mulheres são maioria na faculdade tanto entre os estudantes quanto na equipe administrativa.
Orgulhoso da equipe feminina, ele destaca a qualidade da equipe da insituição. “São mulheres muito fortes, extremamente comprometidas com a causa da educação”, enfatiza.
Parte dessa equipe, a professora de Direito Penal e oficial de justiça Talita Dias Ribeiro argumenta que, historicamente, as mulheres sempre foram ensinadas a estarem no ambiente doméstico, e que sair desse círculo de desigualdade e romper com o patriarcado não é fácil. “O que para o homem é tido como natural, para nós mulheres só vem depois de muita luta, insistência, e ainda sujeitas a injustiças, machismo e preconceitos”.
Para ela, a representatividade feminina é “inspirar outras mulheres a se identificarem e perceberem que não estão sozinhas, buscando assim seu reconhecimento e reparação histórica”.
Voltando mais especificamente para o meio acadêmico, ela descreve a transformação que muitas alunas passam ao perceberem do que são capazes. “Quando essas alunas percebem que há professoras, gestoras, elas se sentem estimuladas a chegarem onde quiserem e incentivadas a perseguirem seus sonhos, quebrando noções estereotipadas no meio acadêmico de que mulheres não são capazes”, conta.
Mas se as mulheres já são mais bem educadas que os homens, isso ainda não se reflete no ambiente de trabalho. Além de terem um percentual menor na força de trabalho que os homens, e taxas de desemprego superiores, as mulheres também tendem a ter cargos mais baixos e carreiras menos valorizadas. De acordo com o IBGE, somente 23% dos cargos de diretoria e gerência no país são ocupados por elas.
Ainda de acordo com estudos da consultoria IDados, com base nos estudos do IBGE, mulheres ganham cerca de 20% menos que os homens. A disparidade é tão forte que, para efeito de comparação, é como se, todos os anos, as mulheres trabalhassem cerca de 74 dias de graça exercendo o mesmo cargo e as mesmas funções que os funcionários masculinos.
Segundo o relatório Global Gender Gap Report 2020, do Fundo Monetário Internacional, o Brasil ficou na 130ª posição dentre 153 países comparados em relação a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função.
Elas também são mais propensas a sofrer situações de assédio e violência no ambiente profissional. Cerca de 40% das mulheres já foram xingadas no ambiente de trabalho, contra 13% dos homens, e 40% já tiveram seu trabalho excessivamente supervisionado, contra 16% deles, segundo dados do Instituto Patrícia Galvão. Quando questionados, 92% dos participantes do estudo afirmaram que acreditam que mulheres sofrem mais situações de constrangimento no trabalho.
Democracia não plural
Com tantas desigualdades no ambiente laboral, não é de se surpreender que no ambiente político esse padrão também seja seguido. No entanto, seguindo os números da política brasileira e a percepção de especialistas, o ambiente democratico é ainda mais problemático para a parcela feminina da população.
Sendo maioria dos eleitores desde os anos 1990, as mulheres ainda são muito pouco representadas no meio político, formando hoje somente 14% do parlamento brasileiro. Em uma pesquisa da ONU de 2020, o Brasil fica em 140º lugar em representação feminina na política.
Nas eleições de 2022, elas formam cerca de 33% dos candidatos, um percentual recorde. No entanto, mesmo apresentando crescimento de 2,2% no número de candidaturas femininas, de acordo com o TSE, e vir numa esteira de crescimento contínuo, essa alta está apresentando sinais de enfraquecimento, considerando que o crescimento foi de 13,3% de 2014 a 2018, e de mais de 60% no período entre 2010 e 2014.
Do ponto de vista da legislação eleitoral, várias medidas têm sido tomadas para ampliar a pluralidade no meio político. Há no Brasil hoje uma lei que obriga uma cota de ao menos 30% das candidaturas de mulheres, colocando os partidos, que indicam as pessoas para as eleições, em estado de alerta. Mas isso não foi suficiente para aumentar a participação delas: muitas entraram em candidaturas laranjas, que acabaram impugnadas.
Para o pleito desse ano, está em efeito a Emenda Constitucional 117, que determina que, além das contas de participação, ao menos 30% do orçamento eleitoral dos partidos tem também que ser direcionado para as candidatas. A tentativa é frear um dos grandes obstáculos para a eleição de mulheres: o orçamento mais curto para a campanha eleitoral.
Vale lembrar que os candidatos, além de contar com o fundo eleitoral para custear suas corridas pela eleição, também podem dispor de doações por pessoas físicas – empresas são proibidas de doar – e também do seu próprio bolso. Nesse quesito as mulheres levam uma grande desvantagem, considerando que, historicamente, homens têm patrimônio maior que elas.
Segundo os dados do TSE, as candidatas deste ano têm, em média, 50% menos patrimônio que os homens. Especialistas defendem que essa desigualdade financeira tem impacto direto no desempenho das candidatas.
(Texto: Bruno Corrêa/ Revisão: Maria Carolina Santana – Assessoria de Comunicação do Ecossistema Brasília Educacional)
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