4 dados sobre o consumo de álcool no Brasil

4 dados sobre o consumo de álcool no Brasil

País está entre os maiores consumidores de bebidas alcoólicas do mundo. Janeiro Branco é oportunidade para repensar consumo.

Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.

Ao falarmos em consumo de drogas no Brasil, automaticamente remete-se ao imaginário de pessoas consumindo substâncias ilegais, perigosas, altamente viciantes e com sérios prejuízos sociais e na saúde. No entanto, poucas pessoas se atentam que o elevado consumo de álcool no Brasil também tem efeitos devastadores, mesmo sendo lítico e com alta aceitação social.

De acordo com levantamento do Centro de Informações sobre Saúde do Álcool (CISA), cerca de 17% da população abusa do consumo de álcool no Brasil. No entanto, entre os que se encontram nessa situação, 75% acreditam que seu consumo é moderado. Para verificar essa disparidade, o estudo buscou debater os números entre a percepção pessoal de consumo e o padrão estabelecido pela instituição para abuso da substância.

Para indicar se o consumo é abusivo, os especialistas do CISA estabelecem que homens devem consumir mais de 2 doses de 14g de álcool ao dia, ou 14 doses semanais. No caso das mulheres, esses consumos são de uma dose diária ou 7 doses semanais. Além disso, é recorrente que pessoas com vícios relacionados ao álcool não percebam ou neguem. qualquer tipo de consumo abusivo.

A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da UniBRAS Quatro Marcos, Aline Esther, explica que os fatores para o consumo excessivo e consequente desenvolvimento do alcoolismo passam por vários aspectos, assim como as consequências da doença.

“Tanto o fator psicológico, como aspectos emocionais envolvidos na causa, manutenção e consequências, e também o ambiente social e cultural, assim como o aspecto físico e fatores genéticos, estão relacionados ao desenvolvimento do alcoolismo”, aponta.

Como o consumo de álcool no Brasil é normalizado, uma boa maneira de se estar atento a isso é monitorar melhor seu consumo pessoal e de pessoas próximas. Com foco no Janeiro Branco, campanha de conscientização sobre o consumo de álcool, separamos 4 dados sobre o consumo de álcool no Brasil.

1. Início precoce

Como um personagem comum da cultura brasileira, incluindo em ambientes familiares, o álcool costuma entrar muito cedo na vida dos brasileiros, com o elevado consumo de álcool no Brasil entre menores de idade.

Cerca de 34,6% dos estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos já experimentaram álcool, e 21% consumiram bebidas alcoólicas no último mês. Os dados são do IBGE, por meio da Pesquisa Nacional de Saúde na Escola, em 2019.

2. Elevado consumo per capita

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o consumo de álcool no Brasil é de cerca de 7,7 litros por pessoa ao ano, muito superior à média global de 4,9 litros anuais per capita. Os dados são os mais recentes divulgados pela entidade em 2024, e se referem ao consumo de pessoas acima de 15 anos no mundo todo.

3. Consumo excessivo periódico

Como já mencionado acima, um dado muito importante para monitoramento da ingestão de bebidas alcoólicas e alcoolismo é a quantidade do uso da substância em uma única ocasião, o também conhecido como binge drinking.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019), cerca de 26% da população adulta consome 5 ou mais doses de álcool em uma única ocasião, pelo menos uma vez ao mês. Essa prática é mais comum entre homens jovens, entre 18 e 34 anos.

4. Impacto na Saúde Pública

Com o alto consumo de álcool no Brasil, elevam-se também os prejuízos na saúde, segurança e financeiros. Um exemplo clássico disso é o álcool estar relacionado a 55% das mortes por acidentes no trânsito, mesmo o código de trânsito do país tendo tolerância zero para a condução alcoolizada.

Os dados do Ministério da Saúde também mostram que o consumo de álcool no Brasil está relacionado a 30% dos casos de violência. A saúde pública também é afetada com a alta incidência de doenças relacionados ao consumo excessivo, como cirrose hepática e os mais variados tipos de câncer.

Em todo o país uma pessoa morre a cada 2 horas por casos de saúde plenamente relacionados ao álcool. Outros 25% de casos de tentativa de suicídio estão relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas em até 6 horas anteriores. Ao todo, o Ministério da Saúde calcula que são gastos aproximadamente R$ 100 milhões por ano com internações relacionadas ao consumo excessivo de álcool.

E se eu sentir que meu consumo é excessivo?

Nesse caso, o que vale mesmo é refletir sobre o consumo, e tentar diminuí-lo. O consumo consciente pode ser a chave para que se consiga ter uma relação mais

saudável com o álcool, sem estabelecer uma relação de dependência. Mas se o tópico de desconfiança for mais avançado e estiver relacionado ao alcoolismo em si, é importante se atentar ao sinas, e isso vale tanto para si quanto para pessoas próximas.

A psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia da UniBRAS Quatro Marcos, Aline Esther, explica que o alcoolismo traz alguns sinais de alerta importantes, como consumir álcool em locais e horários inadequados, apresentar forte resistência à substância e ter uma maior incidência de comportamentos de risco, violência e alterações de humor relacionadas a bebida.

Uma outra chave para se entender melhor a relação com o consumo de álcool é observar o comportamento com a retirada das bebidas. O alcoólatra terá uma resistência muito forte e rápida reação, não conseguindo se afastar do álcool por muito tempo. Sintomas relacionados a abstinência completam os sinais, como tremores e irritabilidade.

Nesses casos, buscar ajuda é fundamental, sendo um profissional de saúde mental o mais apropriado para verificar o diagnóstico e conduzir o tratamento. No sistema de saúde pública, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são preparados para atender esses casos. Além do mais, os conhecidos Alcoólatras Anônimos (AA), são excelentes centros de acolhida. O tratamento pode ser psiterapêutico e também medicamentoso.

A docente explica, no entanto, que a maior dificuldade é o paciente identificar em si os sintomas, tanto pela normalização do consumo de álcool no Brasil, que suaviza os sinais de alerta, quanto porque, para que o tratamento seja efetivo, é fundamental que a pessoa com a condição reconheça que precisa de ajuda, o que é difícil de acontecer.

“Até que a pessoa chegue a essas instituições, a situação pode estar relativamente agravada. A rede de apoio é muito importante, os amigos e familiares. É importante todos estarem atentos aos comportamentos e condição do sujeito para fornecer acolhimento e ajuda, sendo isso de extrema importância”. (Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)

Atenção: esse texto trata de assuntos sensíveis sobre saúde mental. Caso sinta algum desconforto sobre a temática, você pode optar por retornar em algum outro momento. Além disso, se precisar de ajuda, pode contar com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), clicando aqui ou ligando 188. O serviço é grátis e funciona 24h, todos os dias da semana.

4 dicas de leituras para as férias

4 dicas de leituras para as férias

Ler também é um ato de descanso, e as férias são uma excelente oportunidade para isso

Descansar durante o período de férias pode ir muito além de aproveitar o tempo com puro ócio. Longe de ser ruim – recarregar as energias é muito importante, mas colocar a mente para funcionar em outro assunto, de interesse próprio, também pode ser uma maneira eficiente de descansar. Pensando, separamos aqui 4 dicas de leitura para as férias.

Pode ser de ficção, para fazer a mente viajar. Ou sobre temas relevantes, para desenvolver melhor o pensamento crítico. O fato é que ler também descansa, e traz muitas vantagens. Nossa lista de 4 dicas de leitura para as férias, indicadas por docentes de instituições do Ecossistema BRAS Educacional, aborda temas diferentes, e é um convite para complementar esse precioso tempo antes que as aulas voltem.

1. “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez

O clássico do colombiano Gabriel García Márquez é uma das nossas dicas de leitura para as férias. Indicado pelo pedagogo e docente da UniBRAS Digital, Rafael Moreira, o livro é um dos mais lidos e premiados da literatura mundial, sendo o autor agraciado com o prêmio Nobel da Literatura em 1982.

Publicado inicialmente na Argentina em 1967, Cem Anos de Solidão conta a história de uma família ao longo de seis gerações, todas acompanhadas pela centenária Ursula, e todos habitantes da aldeia fictícia de Macondo. Traduzida em mais de 46 idiomas, a obra ganhou foco recentemente por sua adaptação pra o streaming. É também um dos maiores exemplo do realismo mágico, gênero literário que surgiu na Colômbia.

Para Rafael, além da obra indicada, é importante que nas férias os alunos encarem a leitura como um exercício constante. “A ideia é que os alunos possam ler, além dos livros literários, também outras leituras que achem interessantes. A leitura traz amplitude, não só de vocabulário, mas também conhecimento de outras temáticas de relevância”, argumenta.

2. “Como as Democracias Morrem”, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt

Em momentos turbulentos, refletir sobre a política e a democracia é importante a todos que desejam viver num mundo melhor. Assim, propondo um maior aprofundamento no atual cenário da geopolítica mundial, o pedagogo e docente do Centro Universitário UniFACTHUS, Bruno Inacio indica “Como as Democracias Morrem”.

Assinado por dois influentes docentes de Harvard, a obra propõe uma abordagem sobre o cenário a partir de estudos da ascensão do Nazifascismo na Europa no início do século XX, é-o desenvolvimento das ditaduras latino-americanas. Seu principal foco é demonstrar que o fim da democracia hoje não acontece por rupturas democráticas imediatas, mas por uma erosão lenta e contínua das instituições.

3. “A Sombra do Vento”, de Carlos Ruiz Zafón

Voltando para a ficção, o docente do Centro Universitário UniFACTHUS Roberto Campos, lista “A Sombra do Vento” como uma das dicas de leitura para as férias. O clássico espanhol se passa em Barcelona, na época do pós-guerra, sendo parte da série “O Cemitério dos Livros Esquecidos”, e é uma combinação de mistério, romance e suspense.

Na obra, o protagonista Daniel encontra uma biblioteca secreta, e se depara com um livro que vai envolvê-lo numa trama de mistérios e intrigas. Para Marcelo, o livro de Zafón é uma excelente opção para uma leitura emocionante, que convida a explorar o poder da literatura e segredos do passado.

“A escrita de Zafón é rica e envolvente, oferecendo uma excelente opção para quem deseja mergulhar em uma narrativa complexa, com personagens profundos e um ambiente cativante”, conta o professor.

4. “Fortaleza Digital”, de Dan Brown

Custa acreditar que um livro sobre um tema tão atual tenha sido lançado em 2004, mas essa obra de Dan Brown – sua estreia como grande escritor – ainda intriga leitores ao falar sobre algoritmos e códigos de difícil acesso.

Indicado pela bióloga e docente da UniBRAS Juazeiro, Carla Regine França, “Fortaleza digital” conta a historia de Ensei Tankado, ex-funcionário de uma agência estatal de segurança dos EUA que deseja se vingar e cria um código algoritmo de encriptação considerado inquebrável.

“Indico por ser bastante envolvente, especialmente aos interessado em temas de segurança digital, criptografia e ficção cientifica. Ahistoria é repleta de reviravoltas e suspense, características que prendem a atencao”, explica. (Texto: Bruno Corrêa – Assessoria de Comunicação Ecossistema BRAS Educacional)

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